Descolonizar o corpo, reinventar o currículo: memórias de luta e resistência

O sujeito é uma entidade dada e natural? As posições que os sujeitos ocupam são naturais? Por que uns corpos importam e outros não? A educação escolar é neutra? O currículo é um texto burocrático ou produtivo? O presente trabalho de conclusão de curso que se configura como um memorial pretende prob...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: SILVA, Lígia Liziane Gomes
Outros Autores: Ramalho, Ivone Priscilla de Castro
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/42632
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Descrição
Resumo:O sujeito é uma entidade dada e natural? As posições que os sujeitos ocupam são naturais? Por que uns corpos importam e outros não? A educação escolar é neutra? O currículo é um texto burocrático ou produtivo? O presente trabalho de conclusão de curso que se configura como um memorial pretende problematizar essas questões com o objetivo de desnaturalizá-las. Este trabalho é atravessado por memórias de um corpo que foi colonizado, silenciado, negado, ridicularizado, que, por muito tempo, acreditou ser culpado por não ser “bonito”, por não ser branco, por “ser” mulher, uma vez que aquele corpo era, diariamente, ridicularizado, principalmente na instituição escolar, por seu fenotípico, cada parte dele era alvo de risos e zombaria, acreditou também que tudo já estava dado e nada poderia ser mudado. Quais os pressupostos da educação? Na escola aprende-se a “ser” menina e a “ser” menino, há uma fôrma para cada. Estamos inseridas/os numa sociedade na qual prevalece o binarismo produzindo heróis e perdedores, senhores e escravos, homens e mulheres, normais e anormais, na qual o sexo define o gênero. Por trás da pseudo-neutralidade da educação há intenções normalizadoras, heterossexistas, racistas. As experiências escolares são, por vezes, normatizadoras, produtoras de corpos dóceis, padronizados e/ou estigmatizados. Este memorial foca nos processos de produção de subjetivação, nas posições que os sujeitos ocupam, na problematização das violências e opressões que os corpos estigmatizados sofrem como a misoginia, o racismo, a homofobia, a lesbofobia, a transfobia, e que a escola, nesses últimos tempos, define em uma única palavra: bullying. Os marcadores sociais como gênero, sexualidade, raça, etnia, classe etc são construtos sociais que produzem opressões interligadas. Que efeitos o poder-saber do currículo produz? A prática pedagógica é apenas mediação ou produtora de subjetividades? O aporte teórico deste texto está ancorado nos estudos de gênero e étnicos raciais, com ênfase, na Teoria Queer e nos Estudos Pós-Coloniais. Tais estudos foram uma ferramenta de problematização e desnaturalização que produziu efeitos de luta e resistência ao corpo colonizado. Da depreciação, do xingamento e zombaria, à autoafirmação. Descolonizar é preciso!