Thomas Szasz
![Thomas Szasz](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/86/Dr_Thomas_S_Szasz.jpg)
Szasz foi uma figura proeminente entre os adversários da psiquiatria coercitiva e um conhecido crítico social dos fundamentos morais e científicos da psiquiatria e dos objetivos de controlo social da medicina na sociedade moderna, bem como do cientificismo, que considera como uma espécie de secularização da religião. Ele é bem conhecido por seus livros, ''O Mito da Doença Mental'' (1960) e ''A Fabricação da Loucura: Um Estudo Comparativo da Inquisição e do Movimento de Saúde Mental'' (1970), que definem alguns dos seus principais argumentos.
Sua concepção sobre o ''tratamento especial'' (involuntário) é uma consequência de suas raízes no liberalismo clássico, baseadas nos princípios de que cada pessoa tem o direito ser dona de seu corpo e mente e de não sofrer violência dos outros, embora tenha criticado tanto o chamado "mundo livre" como os estados comunistas, por sua utilização de psiquiatria, e pela "drogofobia". Segundo Szasz, o suicídio, a prática da medicina, o uso e a venda de drogas, assim como as relações sexuais, devem ser privados, contratuais e fora da jurisdição do Estado.
Em 1970, Szasz fundou, juntamente com George Alexander e Erving Goffman, a ''American Association for the Abolition of Involuntary Mental Hospitalization'' (AAAIMH), com o objetivo de abolir a intervenção psiquiátrica involuntária. A organização foi dissolvida em 1980.
Em 1973, foi eleito "Humanista do Ano" pela ''American Humanist Association''.
Szasz começou a criticar o uso da expressão 'doença mental' como um conceito legal em 1958 em um artigo publicado na ''Columbia Law Review''. No artigo, argumenta que 'doença mental' denota uma teoria e não um fato. Portanto, não é mais nem menos factual do que seria acusar alguém de estar possuído pelo demônio. Em 1961, Szasz testemunha perante um comité do Senado dos Estados Unidos que o uso de hospitais psiquiátricos para encarcerar pessoas definidas como doentes mentais violava as premissas do relacionamento entre paciente e médico e transformava o médico em um guarda de prisão, um carcereiro.
Em ''Antipsychiatry: Quackery Squared'', Szasz rejeita a sua vinculação, tanto à psiquiatra quanto à antipsiquiatria.
Inspirou o sobrenome do personagem Victor Szasz da DC Comics.
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