Mário Soares

Mário Soares com o então presidente brasileiro [[José Sarney |mandato_fim = |antes = António Ramalho Eanes |depois = Jorge Sampaio |título2 = 111.º Primeiro-Ministro de Portugal |antes_título2 = Francisco Pinto Balsemão |depois_título2 = Aníbal Cavaco Silva |nascimento_data = |nascimento_local = Lisboa |morte_data = }} |morte_local = Lisboa |nome_comp = Mário Alberto Nobre Lopes Soares |nacionalidade = |partido = Partido Socialista |alma_mater = Universidade de Lisboa |cônjuge = Maria Barroso |residência = Lisboa (Campo Grande) |profissão = Advogado |religião = Agnóstico |assinatura = AssinaturaMárioSoares.svg |mandato_título2 = 9 de junho de 1983
a 6 de novembro de 1985 |antes2 = Francisco Pinto Balsemão |depois2 = Aníbal Cavaco Silva |título3 = 105.º Primeiro-Ministro de Portugal |mandato3 = 23 de julho de 1976
a 28 de agosto de 1978 |vice3 = António Ramalho Eanes |vice_título3 = Presidente |mandato_início_título3 = 23 de julho de 1976 |mandato_fim_título3 = 28 de agosto de 1978 |antes_título3 = José Pinheiro de Azevedo |depois_título3 = Alfredo Nobre da Costa |antes3 = José Pinheiro de Azevedo (efetivo);
Vasco de Almeida e Costa (interino) |depois3 = Alfredo Nobre da Costa |título4 = Secretário-Geral do Partido Socialista |mandato4 = 19 de abril de 1973
a 29 de junho de 1986 |depois4 = Vítor Constâncio |mandato_início_título4 = 19 de abril de 1973 |mandato_fim_título4 = 29 de junho de 1986 |depois_título4 = Vítor Constâncio |legenda = Fotografia oficial do Presidente Mário Soares. |mandato2 = 9 de junho de 1983
a 6 de novembro de 1985 |vice_título2 = Presidente |vice2 = António Ramalho Eanes }} Mário Alberto Nobre Lopes Soares GColTEGCCGColL (Lisboa, Camões, 7 de dezembro de 1924Lisboa, São Domingos de Benfica, 7 de janeiro de 2017) foi um advogado e político português que ocupou os cargos de Primeiro-Ministro de Portugal de 1976 a 1978 e de 1983 a 1985 e de Presidente da República Portuguesa de 1986 até 1996.

Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, Mário Soares iniciou na juventude o seu percurso político, integrando grupos de oposição ao Estado Novo, primeiro como militante de base do Partido Comunista Português e membro de outras estruturas ligadas ao PCP, o MUNAF e o MUD, tendo sido cofundador do MUD Juvenil — e depois na oposição não comunista — Resistência Republicana e Socialista, que funda com dissidentes do PCP e através do qual entrará para o Diretório Democrato-Social. Pela sua atividade oposicionista foi detido 12 vezes pela PIDE — cumprindo cerca de três anos de cadeia (Aljube, Caxias e Penitenciária) — e, posteriormente, deportado para São Tomé. Permaneceu nessa ilha até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o regresso a Portugal, sendo, posteriormente às eleições de 1969 — nas quais Soares foi cabeça-de-lista pela CEUD em Lisboa — forçado a abandonar o país, optando pelo exílio em França.

No processo de transição democrática subsequente ao 25 de Abril de 1974 Mário Soares afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista, batendo-se de forma intransigente pela realização de eleições. Foi ainda Ministro de alguns dos governos provisórios — destaca-se sobretudo o facto de ter sido Ministro dos Negócios Estrangeiros, logo no I Governo Provisório, associando-se ao processo de descolonização, qualidade em que dirigiu o processo de rápida independência e autodeterminação das províncias ultramarinas, processo esse que ficou para sempre como o ponto menos consensual do seu percurso político.

Vencedor das primeiras eleições legislativas realizadas em democracia, Soares foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática — nomeadamente, pela tensão entre o Governo e o Presidente da RepúblicaConselho da Revolução — pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de Abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA. Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias.

Líder da oposição entre 1979 e 1983, no ano de 1982, Mário Soares conduziu o PS ao acordo com o PSD, o CDS e o PPM (que então formavam um governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão) para levar a cabo a revisão constitucional de 1982, que permitiu a extinção do Conselho da Revolução, a criação do Tribunal Constitucional e o reforço dos poderes da Assembleia da República.

Foi, de novo, Primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal, e pela formalização da adesão de Portugal à CEE.

Depois destas experiências governativas, Mário Soares viria a ser Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996 — venceu de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, contra Diogo Freitas do Amaral, e com larga maioria as de 1991, em que contou não só com o apoio do PS como do PSD, de Cavaco Silva. Sendo o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República, deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro; sendo marcado ao mesmo tempo pela tensão política com os governos de Cavaco Silva e pelo polémico caso TDM (Teledifusão de Macau). Fornecido pela Wikipedia
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