Décio de Almeida Prado

Décio de Almeida Prado (São Paulo, 14 de agosto de 1917 — São Paulo, 4 de fevereiro de 2000) foi um professor universitário e um dos mais importantes críticos de teatro brasileiros. É autor de inúmeros ensaios de interpretação da história do teatro brasileiro e foi professor emérito de diversas escolas.

Filho do professor Antonio de Almeida Prado e de Zilda Junqueira de Almeida Prado, estudou na Faculdade de Filosofia da USP, em 1938. Após completar o curso de filosofia e ciências sociais, forma-se em Direito, na mesma universidade, em 1941.

Atuou como crítico teatral desde meados da década de 1940 até fins dos anos 1960.

Foi professor de filosofia em colégios e na Escola de Arte Dramática - EAD, onde ministrou cursos de teatro brasileiro, estética e história do teatro, desde a fundação da escola até 1963.

Fundou o Grupo Universitário de Teatro - GUT, ligado à USP, dirigindo ''A Farsa de Inês Pereira e do Escudeiro'', de Gil Vicente, em 1943. Nesse ano, passa alguns meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado. Ao retornar, inicia sua colaboração com a revista ''Clima'', importante órgão de reflexão sobre os novos tempos, assinando a coluna sobre teatro, de 1941 a 1944. Com o GUT - que tinha Cacilda Becker entre seus integrantes - percorreu diversas cidades do Estado de São Paulo. Sua última direção com o grupo é ''O Baile dos Ladrões'', de Jean Anouilh, primeira peça apresentada pelo recém fundado Teatro Brasileiro de Comédia - TBC, em 1948.

De 1946 a 1968, atuou como crítico teatral do jornal ''O Estado de S. Paulo'', onde edita, a partir de 1956, o famoso ''Suplemento Literário'' do jornal. Uma seleção de críticas para o matutino está reunida em três volumes: ''Apresentação do Teatro Brasileiro Moderno'', 1956; ''Teatro em Progresso'', 1964, e ''Exercício Findo'', lançado em 1987.

Em 1966, entra para o Departamento de Letras da USP, onde se encarrega de formar turmas e realiza suas mais expressivas pesquisas: ''João Caetano'', em 1972, e, a seguir, ''João Caetano e a Arte do Ator'', em 1984. ''Teatro: 1930-1980'', escrito em 1984, constitui-se em sutilíssimo e arguto ensaio, síntese da evolução dramática contemporânea. Republicado e ampliado como ''O Teatro Brasileiro Moderno'', forma, ao lado de ''Teatro de Anchieta a Alencar'' (1993), e ''O Drama Romântico Brasileiro'' (1996), o tríptico de referência sobre o lugar do teatro na cultura do Brasil. Completa esse painel uma nova e definitiva interpretação da cena nacional, sob o título de ''História Concisa do Teatro Brasileiro - 1570-1908'', de 1999. Além desses títulos, Décio está presente na obra coletiva ''A Personagem de Ficção'', de 1968.

Décio Almeida Prado presidiu a Comissão Estadual de Teatro de São Paulo, em 1962, 1967, 1976 e 1977, e a Associação Paulista de Críticos Teatrais - APCT, em 1955, 1958, 1961, 1962, 1966 e 1970.

Nos seus últimos anos de vida, reuniu escritos dispersos, organizando os volumes ''Peças, Pessoas, Personagens'', de 1993; e ''Seres, Coisas, Lugares'', de 1997. Fornecido pela Wikipedia
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