Guillaume de Machaut

, uma cena alegórica na qual a Natureza oferece a Machaut três de seus filhos: o Senso (Razão), a Retórica e a Música. |fundo =instrumentista_sem_vocal |nome completo =Guillaume de Machaut |nascimento = c. 1300 |falecimento = abril de 1377 |origem = Machault ? |país =Reino da França |gênero =música sacra, motetos, canções, poesia narrativa e lírica |atividade = |período = |outras ocupações=notário, secretário de João I da Boêmia, cônego da Catedral de Reims |gravadora = |afiliações = |influências = Música: ''Ars Antiqua'', ''Ars Nova'' (Philippe de Vitry), ''Ars Subtilior'', canção trovadoresca (Adam de la Halle)
Literatura: ''Roman de la Rose'', poesia trovadoresca, tradição cavaleiresca, literatura clássica (Boécio) |assinatura = }}

Guillaume de Machaut (também Machau ou Machault; Machault (?), c. 1300Reims, abril de 1377) foi um compositor e poeta francês. Nada se sabe de sua família e seus primeiros anos são obscuros, mas recebeu sólida educação musical, literária e humanistica em Reims e Paris. Iniciou sua carreira servindo João de Luxemburgo, rei da Boêmia, mais tarde trabalhando para sua filha Bona de Luxemburgo e Carlos II de Navarra, recebendo o patrocínio de outros reis e nobres de alta categoria. Ao mesmo tempo, fez carreira na Igreja, sendo indicado cônego de várias dioceses, mas nunca chegou a ser ordenado padre. Suas posições eclesiásticas foram em sua maioria provisórias, salvo em Reims, onde efetivou-se, passando metade de sua vida ligado ao cabido da Catedral, mas pouco se sabe de sua atividade nelas.

É mais lembrado como compositor e poeta, considerado o maior da França no , sendo um inovador em ambos os campos. Na música adotou muitas novidades rítmicas, melódicas, harmônicas e notacionais introduzidas pela polifonia da ''Ars Nova'', sendo um dos grandes representantes desta escola e um dos criadores da canção polifônica, mas manteve laços com a tradição anterior da ''Ars Antiqua'' e com a tradição do canto homofônico trovadoresco, conseguindo um equilíbrio raro e muito apreciado entre o texto e a música. Na poesia estabeleceu um novo modo narrativo e consolidou gêneros líricos que se tornariam dominantes nos séculos XIV e XV, como a balada, o ''virelai'' e o ''rondeau'', que também eram gêneros musicais. Deixou produção numerosa na poesia lírica e quatorze longos poemas narrativos (''dits''), bem como em diversos formatos de canção polifônica e homofônica, com temáticas que tratam principalmente dos ideais cavaleirescos e do amor cortês, mas abordando também assuntos políticos e sociais e os contrastes entre o mundo ideal e o mundo real. Sua grande ênfase na dignidade e valor do indivíduo, suas preocupações pedagógicas e seu interesse na boa formação ética, intelectual e técnica dos artistas, que os capacitassem a se tornar modelos e líderes para a sociedade, estabelecendo no mundo a harmonia divina através da arte, o tornam um proto-humanista.

Suas obras correram a Europa, fundando toda uma escola que permaneceu influente por mais de um século, sendo importante referência para poetas celebrados como Geoffrey Chaucer, Jean Froissart, Eustache Deschamps e Cristina de Pisano e para numerosos compositores. No sua contribuição havia sido esquecida, e somente no iniciou uma lenta recuperação. A partir da segunda metade do tornou-se um dos poetas e compositores medievais mais estudados, sendo objeto de volumosa bibliografia. Suas músicas estão entre as mais gravadas e executadas do repertório medieval, voltando a inspirar vários criadores, e além do valor histórico e intrínseco da sua produção literária, certos aspectos de sua construção textual, como os cruzamentos entre ficção e realidade, as narrativas com focos múltiplos e a presença constante de elementos autobiográficos, metalinguísticos e intertextuais, interessam hoje por suas afinidades com a literatura pós-moderna. Suas obras mais afamadas são o poema narrativo ''Le Livre dou Voir Dit'' e a composição sacra ''Missa de Notre Dame'', um dos maiores marcos da música da Idade Média. Fornecido pela Wikipedia
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