Daniel Lagache

Daniel Lagache entrou na Escola Normal Superior em 1924, ao mesmo tempo que Raymond Aron, Paul Nizan e Jean-Paul Sartre. Obteve o terceiro lugar na agregação de filosofia em 1928. Interessado pela psicopatologia, ele seguiu os conselhos de seu mestre Georges Dumas e começou seus estudos de medicina em seguida de psiquiatria, tornando-se depois chefe de clínica ao lado de H. Claude.

Nomeado mestre de conferências de psicologia na universidade de Estraburgo [http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrasburgo] em 1937, ele foi o sucessor de P. Guillaume na cadeira de psicologia da Sorbonne [http://fr.wikipedia.org/wiki/La_Sorbonne] em 1947, e mais tarde, em 1955, de G. Poyer, na cadeira de psicologia patológica. Ele criou em 1952 o Laboratório de Psicologia Social. Ele participou, com Jacques Lacan, à fundação da Sociedade francesa de psicanálise [http://fr.wikipedia.org/wiki/Soci%C3%A9t%C3%A9_fran%C3%A7aise_de_psychanalyse] em 1953 e, dez anos mais tarde, à criação da Associação psicanalítica da França [http://fr.wikipedia.org/wiki/Association_psychanalytique_de_France], da qual foi o primeiro presidente.

No seu ensino, Daniel Lagache abordou diferentes domínios da psicologia, mostrando-se um professor constantemente preocupado com síntese, na ótica de sua notável lição inaugural sobre ''A Unidade da psicologia : [http://fr.wikipedia.org/wiki/Psychologie_exp%C3%A9rimentale], psicologia experimental e psicologia clínica [http://fr.wikipedia.org/wiki/Psychologie_clinique]’’ (1949). Mas a sua obra é essencialmente psicopatológica. Antes de tudo de inspiração fenomenológica, ela retoma de maneira abundante as concepções de Karl Jaspers, em particular na sua tese de medicina, ''As Alucinações verbais e a palavra'' (tese de medicina, 1934) e na tese de letras ''O Ciúme amoroso'' (2 volumes, 1947).

Após haver feito uma psicanálise didática com Rudolph Loewenstein [http://fr.wikipedia.org/wiki/Rudolph_Loewenstein], Daniel Lagache orientou sua pesquisa numa perspectiva freudiana, tornando-se uma das personalidades mais importantes do movimento psicanalítico francês. Sua pequena obra ''A Psicanálise '' (1955) é ''um modelo de exatidão das noções e um exemplo de abertura quanto à diversidade de seus campos de aplicação, segundo '' Didier Anzieu [http://fr.wikipedia.org/wiki/Didier_Anzieu]. Seus trabalhos, publicados na revista ''La Psychanalyse'', sobre « A Transferência [http://fr.wikipedia.org/wiki/Transfert_%28psychanalyse%29] na cura psicanalítica » (1952), sobre « Psicanálise e estrutura da personalidade » (1961), sobre « Fantasia, realidade, verdade » (1963), bem como inúmeros outros artigos e relatórios, testemunham de sua experiência clínica e de suas pesquisas minuciosas no domínio da psicanálise.

Fundador e diretor de uma coletânea intitulada ''Biblioteca de psicanálise e de psicologia clínica'', Daniel Lagache foi também o animador do projeto do ''Vocabulário da psicanálise '' (1967), redigido sob a sua direção por Jean Laplanche e Jean-Bertrand Pontalis.

Daniel Lagache procurou também introduzir conceitos freudianos na psicologia social, criando para tanto um laboratório na Sorbone, e no campo da criminologia, notadamente ao escrever vários estudos sobre criminogênese. Sua influência continua grande na psicopatologia e na psicanálise francesas contemporâneas, especialmente no mundo universitário.

Fornecido pela Wikipedia
Mostrando 1 - 7 resultados de 7 para a busca 'Lagache, Daniel,', tempo de busca: 0.01s Refinar Resultados
  1. 1
  2. 2
  3. 3
  4. 4
  5. 5
  6. 6
  7. 7