Ingestão dietética de macronutrientes e fibras e sua relação com marcadores inflamatórios em mulheres com sobrepeso e obesidade

O sobrepeso e a obesidade são caracterizados por uma inflamação de baixo grau, em que o tecido adiposo funciona de maneira anormal, liberando biomarcadores inflamatórios que interferem na sinalização da insulina. Isso pode levar a efeitos adversos, como disfunção endotelial e no metabolismo pós-pran...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pereira, Thífanny Barreto
Outros Autores: Reis, Bruna Zavarize
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/56271
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Descrição
Resumo:O sobrepeso e a obesidade são caracterizados por uma inflamação de baixo grau, em que o tecido adiposo funciona de maneira anormal, liberando biomarcadores inflamatórios que interferem na sinalização da insulina. Isso pode levar a efeitos adversos, como disfunção endotelial e no metabolismo pós-prandial. O consumo alimentar e a composição da dieta desempenham um papel importante no desenvolvimento do excesso de peso e obesidade. Os macronutrientes dietéticos podem provocar estresse oxidativo, desencadeando um processo inflamatório crônico de baixo grau, pois atuam na expressão de biomarcadores inflamatórios. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a ingestão dietética de macronutrientes e fibras e sua relação com o perfil inflamatório em mulheres com sobrepeso e obesidade. Este estudo é de caráter transversal e investigou mulheres de idade entre 18 e 60 anos, com sobrepeso ou obesidade de acordo com o índice de massa corporal (IMC). O consumo alimentar foi avaliado através de dois R24h. Para avaliação antropométrica, foram realizadas medidas como peso, estatura, circunferência da cintura e percentual de gordura corporal por bioimpedância elétrica. Os biomarcadores inflamatórios, incluindo IL-6, TNF-α e lipopolissacarídeo, foram analisados, assim como a expressão gênica dos genes IL-6 e TNF-α nas células do sangue periférico (PBMC). Nos resultados, observou-se correlação positiva entre a expressão gênica de biomarcadores inflamatórios e a ingestão dietética em mulheres com excesso de peso e obesidade. Em mulheres com IMC < 35 kg/m², o consumo de carboidratos e fibras apresentou correlação inversa com mRNA TNF-α, e LPS apresentou correlação apenas com fibras. Além disso, houve uma correlação positiva do mRNA TNF-α e mRNA IL-6 com colesterol. Por outro lado, no grupo com IMC ≥ 35 kg/m², observou-se uma resposta diferente, com correlação positiva do consumo de carboidratos, frações lipídicas e proteínas, além de uma correlação inversa entre o consumo de gordura poli-insaturada e os biomarcadores inflamatórios ou expressões gênicas dos biomarcadores. Desse modo, é possível supor que o IMC pode diferenciar a resposta dietética dos macronutrientes e fibras, sugerindo que as mulheres podem possuir necessidades nutricionais distintas de acordo com o IMC. Destaca-se a importância de adotar um estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e atividade física na prevenção de doenças crônicas.