Diretrizes para a requalificação de espaços livres públicos em área central nas margens do rio Apodi-Mossoró

O processo de urbanização vivenciado pelas cidades brasileiras causou inúmeras tensões e desequilíbrios que pairam sobre o espaço natural. Na estruturação territorial dos centros urbanos, a integridade dos leitos fluviais foi sacrificada para dar suporte a obras de infraestrutura urbana e abrigar oc...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Rosário, Tiago Nogueira do
Outros Autores: Farias, Hélio Takashi Maciel de
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51098
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Resumo:O processo de urbanização vivenciado pelas cidades brasileiras causou inúmeras tensões e desequilíbrios que pairam sobre o espaço natural. Na estruturação territorial dos centros urbanos, a integridade dos leitos fluviais foi sacrificada para dar suporte a obras de infraestrutura urbana e abrigar ocupações privadas. Esse panorama resultou na ruptura física e afetiva entre as cidades e seus cursos d’água, e consequentemente das populações com zonas à beira rio. Assim, as regiões fluviais transformaram-se em cenários degradados e afastaram-se das práticas coletivas, perdendo suas capacidades de operarem como logradouros públicos e espaços de lazer coletivo. A cidade de Mossoró nasceu na ribeira do Rio Apodi-Mossoró e teve no curso hídrico um importante eixo estruturador das suas dinâmicas. Contudo, mesmo diante do potencial urbano-paisagístico, da localização privilegiada no tecido urbano e da importância histórica do Rio Apodi-Mossoró no processo de ocupação da cidade, nota-se a ausência de apropriação e valorização dos ambientes situados em suas margens. Dessa forma, adota-se como objetivo geral deste trabalho desenvolver diretrizes e ações para os espaços livres públicos situados à margem de um trecho do Rio Apodi-Mossoró, proporcionando uma ampla área de lazer e permanência de uso público. Para tanto, objetiva-se especificamente: I) entender as dinâmicas físicas e sociais às quais estão sujeitos espaços livres públicos e a importância das áreas de frentes d’água no planejamento urbano das cidades contemporâneas; II) examinar a relação do corpo d’água com o espaço construído da cidade, e as dinâmicas de uso que ocorrem em suas margens localizadas no universo de estudo; e III) propor diretrizes e ações que integrem os espaços urbanos ribeirinhos entre si e estabeleçam relações positivas de uso coletivo nas bordas fluviais. Entende-se que ao se delinear diretrizes e ações que transformem suas frentes d’água em lugares de permanência e convívio, respeitando o contexto físico e social, a urbe pode resgatar o vínculo da comunidade com o recurso natural e seguir um modelo de urbanização mais sustentável, centrado no bem-estar coletivo.