Efeito do estresse sob o controle autonômico cardíaco de dependentes químicos com diferentes níveis de aptidão física

O uso de drogas promove vários efeitos negativos sob a função cardiovascular, mas a prática de exercícios pode superar alguns dos danos. Aqui, comparamos a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) sob estresse entre usuários de drogas com níveis de aptidão cardiorrespiratória mais altos e mais bai...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cabral, Daniel Aranha Rego
Outros Autores: Fontes, Eduardo
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48030
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Descrição
Resumo:O uso de drogas promove vários efeitos negativos sob a função cardiovascular, mas a prática de exercícios pode superar alguns dos danos. Aqui, comparamos a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) sob estresse entre usuários de drogas com níveis de aptidão cardiorrespiratória mais altos e mais baixos. Quarenta e três homens em tratamento para transtorno por substâncias e transtornos aditivos (TSTA) foram divididos em dois grupos pela mediana da capacidade cardiorrespiratória (39ml/kg/min): Alta aptidão (idade: 30,31 ± 6,32 anos; VO2máx: 45,04 ± 3,86) e Baixa aptidão (idade: 37,85 ± 7,93 anos; VO2max: 32,24 ± 3,24). Aplicamos questionários específicos que fornecem informações sobre os níveis emocionais negativos (estresse, depressão e ansiedade) e antecedentes/histórico de drogas. Além disso, comparamos as respostas da VFC durante o período basal e sob estresse induzido pelo Cold Pressor Test (CPT). Uma análise de covariância (ANCOVA) de medidas repetidas foi usada para verificar as interações grupo (Alta aptidão vs Baixa aptidão) e tempo (antes, durante e depois CPT). Os índices de VFC analisados foram a Média dos intervalos RR (medida global da VFC) e a raiz quadrada média das diferenças sucessivas (RMSSD - um índice de atividade parassimpática). O modelo foi ajustado pela idade, anos de uso da droga e níveis de estresse. O grupo Alta aptidão teve maiores intervalos RR no repouso, durante o CPT em nos minutos 1, 1:30 e 2 minutos, e na condição de recuperação quando comparado ao grupo Baixa aptidão. Além disso, os indivíduos com Alta aptidão tiveram maior RMSSD no repouso e durante a condição de recuperação em comparação com o grupo Baixa aptidão. Conclui-se que sujeitos com maior capacidade cardiorrespiratória apresentaram maior VFC antes, durante e após o CPT. Além disso, o grupo Alta aptidão teve maior atividade vagal no início e durante as condições de recuperação, mas não durante o CPT. Assim, os indivíduos com TSTA e com maiores níveis de condicionamento físico apresentam melhor resposta frente a um estressor. Isso é importante, já que o estresse está associado à maior probabilidade de recaída.