Arquitetura Portuguesa: da Escola do Porto à Escola do Siza?

O espaço da cidade é organizado por incontáveis fatores: a ação do tempo e as mais diversas relações humanas cobrem, e recobrem, os alicerces dos espaços, com camadas de vivências individuais e coletivas, e consolidam localidades de maneira quase independente do que o planejamento urbano previu. Est...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Duarte, Yuri de Souza
Formato: book
Idioma:pt_BR
Publicado em: EDUFRN
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45907
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Descrição
Resumo:O espaço da cidade é organizado por incontáveis fatores: a ação do tempo e as mais diversas relações humanas cobrem, e recobrem, os alicerces dos espaços, com camadas de vivências individuais e coletivas, e consolidam localidades de maneira quase independente do que o planejamento urbano previu. Este livro traz uma contribuição a respeito da denominada Escola do Porto, em Portugal, para a discussão e prática da produção de espaços voltados para abrigar estas relações de convivências sociais nos espaços das cidades. Parte-se do pressuposto de uma continuidade prática de abordagens projetuais desenvolvidas em um cenário de resistência política ao regime ditatorial no país (1933-1974) da então instituição Escola de Belas Artes do Porto, até a contemporaneidade. A cidade contemporânea apresenta uma dinâmica econômica e social diversa da existente no início do século XX. Em algumas cidades, o campo da arquitetura e urbanismo elevou ao expoente máximo o atributo da imagem dos edifícios e o potencial mercadológico do uso dos espaços públicos. Em Portugal não foi diferente, a dinâmica do planejamento estratégico e ascensão da atividade turística transformou a realidade de várias cidades, principalmente em áreas como: zonas portuárias subutilizadas, frentes de água e centros históricos. Porém, de maneira singular, encontramos intervenções reconhecidas internacionalmente pela preocupação com aspectos diferentes (em algum nível, quase opostos): o ser humano (na) cidade (existente). Assim, este estudo busca apresentar os principais aspectos desta produção a partir do trabalho dos arquitetos: Fernando Távora, Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura, e a influência destes na produção contemporânea de profissionais mais novos: João Luís Carrilho da Graça; os irmãos Manuel e Francisco Nuno Aires Mateus; os irmãos Nuno e José Mateus (escritório ARX); e Nuno Brandão Costa. A continuidade das abordagens da Escola do Porto e o permanente interesse internacional por esta produção pode ser um indicativo de que as vivências sociais ainda são essenciais na organização do espaço voltado para as pessoas.