Raça e saúde: múltiplos olhares sobre a saúde da população negra no Brasil
Este livro foi elaborado especialmente para debatermos a saúde da população negra brasileira enquanto um direito fundamental e condição para o exercício pleno da cidadania. Esse debate, além de inadiável, é urgente. Apesar das conquistas e dos avanços nas políticas para o estabelecimento de padrões...
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Principais autores: | , , |
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Formato: | book |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
EDUFRN
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Assuntos: | |
Endereço do item: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44949 |
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Resumo: | Este livro foi elaborado especialmente para debatermos a saúde da população negra brasileira enquanto um direito fundamental e condição para o exercício pleno da cidadania. Esse debate, além de inadiável, é urgente. Apesar das conquistas e dos avanços nas políticas para o estabelecimento de padrões de equidade étnico-racial, dentre as quais apontamos a existência do Sistema Único de Saúde, as formas de racismo que subjugam a inserção do negro na sociedade demonstram a fragilidade do modelo brasileiro de democracia racial. Dessa fragilidade, resultam as iniquidades em saúde que atingem a população negra brasileira e a cor da pele torna-se, então, um marcador do processo saúde-doença-cuidado.
A elaboração desta obra ocorreu sob a perspectiva de múltiplos olhares. Foram necessários vários ângulos, saberes e aproximações com os temas da saúde da população negra brasileira, tendo sido construída em esforço conjunto de especialistas de diversas áreas do conhecimento. Aliás, a massiva participação de pesquisadores da área da saúde na autoria desta coletânea é um destaque, considerando a invisibilização histórica que a população negra tem recebido por este campo do conhecimento.
A organização desta coletânea levou em consideração a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) como princípio norteador, de maneira que esta fosse a linha condutora e o elo entre os capítulos. Não é possível discutir passado e futuro sem partir dos pressupostos legais que atualmente dão as diretrizes gerais para a promoção da saúde integral da população negra. Neste quesito, além dos desafios para a implementação da PNSIPN, apresentamos a luta pelo direito à saúde da população quilombola e a inclusão do quesito raça/cor nos sistemas de informação em saúde do Brasil. O segundo passo foi trazer um debate minucioso sobre as condições de vida e de saúde da população negra brasileira: ressaltamos que a população negra não é uma população doente, mas, sim, que o processo saúde-doença-cuidado na população negra possui outra magnitude e transcendência. Por último, trabalhamos os aspectos de formação de profissionais de saúde para as peculiaridades da saúde da população negra, as políticas afirmativas para a inserção do negro na pós-graduação em saúde e a divisão racial do trabalho na saúde. |
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