Estudo de vigilância em resistência bacteriana com ênfase em bacilos Gram negativos multirresistentes isolados de hospitais de referência no estado do Rio Grande do Norte

O grupo de antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e monobactâmicos), são os mais utilizados clinicamente, por essa razão, a resistência bacteriana a estes antibióticos representa um problema de saúde pública e compreende uma preocupação mundial recorrente. Nesse co...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Macedo, Camila Avelino de
Outros Autores: Araújo, Gabriela Medeiros
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43270
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Descrição
Resumo:O grupo de antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e monobactâmicos), são os mais utilizados clinicamente, por essa razão, a resistência bacteriana a estes antibióticos representa um problema de saúde pública e compreende uma preocupação mundial recorrente. Nesse contexto, as bactérias Gram negativas desempenham um papel importante, devido à resistência a esses antimicrobianos, através da produção de beta-lactamases. Objetivo: Analisar a frequência fenotípica de bactérias Gram-negativas produtoras das enzimas beta-lactamases de espectro estendido (ESBL), cromossômicas (AmpC), metalo-beta-lactamases (MBL) e Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) oriundas de dois hospitais do estado do Rio Grande do Norte. Metodologia: Durante Maio de 2015 a Julho de 2016, foram isoladas 210 cepas bacterianas pertencentes à família Enterobacteriaceae e aos gêneros Acinetobacter spp. e Pseudomonas spp. Nestas cepas, foi realizado o teste de suscetibilidade aos antimicrobianos através do método de disco difusão, além dos testes fenotípicos compatíveis com as respectivas beta-lactamases. Resultados: Foi observada elevada frequência de carbapenemases (46,9%), seguida por ESBL (34,8%) e AmpC (18,1%). Todas as 70 cepas resistentes aos carbapenêmicos foram submetidas ao teste do EDTA, dessas, 51 (72,8%) foram caracterizadas fenotipicamente como produtoras de metalo-beta-lactamases. Para as enterobactérias, foi realizado também o teste de Hodge modificado, onde 16 (66,6%) apresentaram resultado positivo. Discussão: O elevado índice de ESBL e AmpC conduz à necessidade do uso de carbapenêmicos como opção terapêutica eficaz. Consequentemente, o uso indiscriminado desses fármacos gera uma pressão seletiva que estimula o aparecimento de bactérias produtoras de carbapenemases (KPC e MBL). A consequência dessa elevada resistência aos carbapenêmicos, juntamente com a ausência de novas opções terapêuticas é a limitação do tratamento ao uso de antibióticos mais potentes, como as polimixinas. Conclusão: As metodologias fenotípicas utilizadas nesse estudo podem ser padronizadas e aplicadas na rotina laboratorial de um hospital a fim de se reduzir falhas devido à presença de beta-lactamases não identificadas diminuindo assim a prescrição empírica de antibacterianos e os gastos desnecessário do hospital com tempo de internação e antibioticoterapia.