Avaliação de cardápios da alimentação escolar de municípios do RN

A alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (art. 25), sendo essencial à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal. Deste modo, o Programa Nacional de Alimenta...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Heloísa Evelin de
Outros Autores: Pinheiro, Liana Galvão Bacurau
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/40168
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Descrição
Resumo:A alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (art. 25), sendo essencial à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal. Deste modo, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), instituído inicialmente em 1955, com o objetivo de atender às necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula, vem contribuindo para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e o rendimento escolar dos estudantes. Portanto, o objetivo deste trabalho foi analisar os cardápios da alimentação escolar ofertados aos alunos da rede pública de ensino de municípios do Rio Grande do Norte, quanto a oferta de frutas, hortaliças, alimentos processados, ultraprocessados e presença de alimentos oriundos da Agricultura Familiar – AF. Para tanto realizou-se uma análise quantitativa, tendo como base o Guia para a execução de cardápios da alimentação escolar – RN, bem como foram avaliados todas as informações necessárias referentes aos cardápios. Com relação aos resultados a variação da oferta de energia foi de 261kcal a 353kcal e nenhum município atendeu a recomendação (435Kcal) necessária de cobertura de 20% do VET, para alunos no Ensino Fundamental incluídos na faixa etária de 11 a 15 anos. Todos os macronutrientes tiveram os seus valores abaixo da necessidade, onde somente um município ultrapassou a necessidade de lipídios. Os resultados mostraram que a oferta de frutas e hortaliças aos alunos do ensino fundamental matriculados em escolas públicas municipais dos municípios estudados é inferior à 200g/aluno/semana. A quantidade ofertada no cardápio semanal variou de 75,6 a 194,2 g/aluno/semana. Em relação aos alimentos processados, os mais frequentes foram: enlatados, leite em pó e extrato de tomate. Dentre os ultraprocessados: achocolatado em pó, bebida láctea, biscoitos doces e macarrão. Com relação a aquisição de alimentos da Agricultura Familiar, apenas um município apresenta esta aquisição correspondendo a 25% dos municípios representados nesse estudo, tendo a compra definida para este município de apenas 28% dos recursos financeiros. Não foram encontrados alimentos classificados como proibidos, porém existiam alimentos restritos presentes em no máximo 25% dos dias letivos. Diante do exposto, são necessários mais estudos com relação a avaliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar para que estratégias sejam elaboradas para uma melhor execução desse e consequentemente a melhoria da alimentação no ambiente escolar como um todo, visto que o valor per capita por aluno não consegue contemplar a necessidade alimentar diária, bem como necessita-se de uma maior qualificação profissional de todos os envolvidos na alimentação escolar, uma avaliação dos cardápios pelos próprios responsáveis técnicos, as EEx devem realizar um trabalho mais qualificado e principalmente a AF precisa ser fomentada pelas EEx para que se haja um cumprimento da legislação.