Cardápios escolares: análise segundo o índice de qualidade em segurança alimentar e nutricional

Introdução: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) caracteriza-se como a política pública mais antiga do país na área de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Sendo, a alimentação escolar adequada um direito dos estudantes tendo em vista que para considerável parcela de alunos das esco...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva Neta, Joana Rodrigues da
Outros Autores: Pinheiro, Liana Galvão Bacurau
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/40131
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Descrição
Resumo:Introdução: O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) caracteriza-se como a política pública mais antiga do país na área de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Sendo, a alimentação escolar adequada um direito dos estudantes tendo em vista que para considerável parcela de alunos das escolas públicas, representa a única refeição diária. Assim, os cardápios da alimentação escolar deverão ser elaborados visando-se atender as necessidades nutricionais mínimas para o crescimento, desenvolvimento e a melhoria do rendimento escolar dos alunos. Objetivo: Apresentar uma análise qualitativa dos cardápios da alimentação escolar ofertados aos alunos da rede pública de ensino de municípios do Rio Grande do Norte (RN), sendo possível verificar se os cardápios ofertados atendem as diretrizes do PNAE. Métodos: Foram avaliadas quatro semanas de 26 cardápios mensais referentes a 26 Entidades Executoras através do instrumento de análise de cardápio, Índice de Qualidade da Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional (IQ COSAN), ferramenta de análise qualitativa, elaborado no programa Excel, que analisa os cardápios da alimentação escolar com relação a quatro parâmetros: 1) Presença dos seis grupos de alimentos; 2) Presença de alimentos categorizados como regionais e da sociobiodiversidade local; 3) Diversidade semanal das refeições ofertadas; 4) Ausência de alimentos classificados como restritos, proibidos e alimentos ou preparações doces, após a avaliação o instrumento classifica os cardápios como inadequado, precisa de melhoras e adequado. Resultados: Em 100% dos dias foram ofertados alimentos do grupo de cereais e tubérculos, porém, aparecem nos cardápios em apenas 20% dos dias: feijões, frutas in natura e leite e derivados. A oferta de legumes e verduras ocorreu em 30% dos dias e carnes e ovos em 60%. Alimento classificado como restrito aparecem em 54,2% dos cardápios na quarta semana, já os alimentos ou preparações doces aparecem em média em 12,5% dos cardápios no mês. Os alimentos classificados como regionais aparecem nas quatro semanas de cardápio, sendo na semana 2 o maior percentual, 45,8% e em 20,8% dos cardapios foram ofertados pelo menos um alimento da sociobiodiversidade local. O maior percentual (57,7%) dos cardapios ofertou de 10 a 14 alimentos varieados durante a semana. De acordo com as análises, 58% dos cardápios precisam de melhoras e 42% encontram-se inadequados e não foram encontrados cardápios adequados. Discussão: O grupo de cereais e tubérculos, apesar de abranger uma grande diversidade de alimentos, mostrou-se pouco variado em relação a oferta. Observou-se que a quantidade de frutas in natura e legumes e verduras não atingiu o preconizado pela Resolução n° 26/2013, que define a obrigatoriedade da inclusão da oferta mínima de 3 porções de alimentos desses grupos por semana. O tipo de carne mais frequente nos cardápios analisados foi a carne bovina, seguida da carne de frango. Não houve oferta de pescado. Com a análise dos cardápios pode-se perceber que o número de alimentos regionais e da sociobiodiversidade ofertados aos escolares ainda é baixa, resultado que contribuiu para a pouca qualidade dos cardápios avaliados. Sendo então, a avaliação através do IQ COSAN uma forma de contribuir para a garantia do equilíbrio nutricional das refeições ofertadas.