Avaliação do efeito de uma dieta experimental na distribuição e aspecto de gordura visceral em ratos Wistar

A atual transição nutricional decorre do aumento do consumo de alimentos altamente energéticos, ricos em sódio e gordura, e pobres em fibras. Tais alimentos compõem as dietas ocidentais e o seu alto consumo tem gerado o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade, que é...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pinheiro, Luiza Gabriella Soares Dantas
Outros Autores: Morais, Ana Heloneida de Araújo
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/40101
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Descrição
Resumo:A atual transição nutricional decorre do aumento do consumo de alimentos altamente energéticos, ricos em sódio e gordura, e pobres em fibras. Tais alimentos compõem as dietas ocidentais e o seu alto consumo tem gerado o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade, que é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal decorrente da hipertrofia das células adiposas, sendo considerada uma pandemia mundial que necessita de diversos estudos. Devido às limitações de estudar essa morbidade em humanos, a indução de obesidade em modelos experimentais por meio de dietas semelhantes às consumidas pela população humana se faz necessária. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo analisar o efeito da dieta experimental de alto índice glicêmico e carga glicêmica sobre a estrutura do tecido adiposo e sobre a adiposidade visceral de ratos Wistar. Para tanto, utilizou-se dois grupos (n=5) de ratos Wistar, adultos, machos. Um grupo recebeu a dieta padrão Labina® e o outro a dieta experimental de alto índice glicêmico e alta carga glicêmica (HGLI), por 17 semanas. Após esse período, foi coletado o tecido adiposo visceral retroperitoneal, epididimal e perirenal para avaliação estereológica e mensuração da adiposidade. Os ratos alimentados com a dieta experimental apresentaram densidade de volume de adipócitos igual a 97,0%, área seccional media equivalente a 1387 μm² e volume total de adipócitos de 6,97 cm³, considerados significativamente maiores do que os valores observados para os animais que consumiram a dieta padrão. Além disso, o índice de adiposidade visceral (p = 0,002), o peso de cada tecido adiposo (p = 0,008) e o peso corporal final (p = 0,035) foram maiores nos animais alimentados com a dieta HGLI. Diante dos resultados obtidos é possível concluir que a dieta experimental foi capaz de provocar aumento do tecido adiposo visceral, indicando que a dieta representa um modelo de indução da obesidade, podendo contribuir para novos estudos da fisiopatologia desta morbidade em ratos Wistar, adultos e machos.