Imagem corporal e risco para transtornos alimentares em bailrinas: Uma análise comparativa

Introdução: O ballet demanda estética corporal adequada, podendo ocasionar grande preocupação com o peso, distorção da imagem corporal e presença de fatores precipitantes de transtornos alimentares. No entanto, é necessário determinar o real impacto dessa atividade, a partir da comparação do risco d...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Alves, Amara Kizzi de Almeida
Outros Autores: Maciel, Bruna Leal Lima
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/39989
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Descrição
Resumo:Introdução: O ballet demanda estética corporal adequada, podendo ocasionar grande preocupação com o peso, distorção da imagem corporal e presença de fatores precipitantes de transtornos alimentares. No entanto, é necessário determinar o real impacto dessa atividade, a partir da comparação do risco de desenvolvimento de transtornos alimentares em grupos de praticantes e não praticantes. Objetivo: Avaliar a percepção da imagem corporal (IC) e a presença de comportamentos alimentares de risco para transtornos alimentares em praticantes de ballet clássico, comparando com praticantes de musculação e sedentárias. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo transversal, com adolescentes e adultas jovens, do sexo feminino, praticantes de ballet clássico. Para comparação, avaliou-se também praticantes de musculação e sedentárias pareadas por idade. Para avaliar a percepção da imagem corporal foi utilizado o Body Figure Silhouttes (BSF), o risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares avaliou-se pelo questionário Eating Attitudes Test (EAT-26) e o Teste de Avaliação Bulímica de Edimburgo (BITE). A análise dos dados e construção dos gráficos foi realizada pelo programa SPSS versão 11.5 e Graph Pad Prism versão 3.0. Resultados: O baixo peso (20,0%) foi encontrado apenas nas bailarinas (Qui-quadrado, p = 0,030). Observou-se que a insatisfação com a IC estava presente em todos os grupos, em 40,0% das bailarinas, 70,0% das praticantes de musculação e 77,8% das sedentárias. Observou-se que 50% das bailarinas insatisfeitas desejavam reduzir a silhueta, assim como também 78,6% e 64,3% para as praticantes de musculação e sedentárias, respectivamente. Houve maior distorção da IC nos grupos das bailarinas e praticantes de musculação (50,0%) quando comparado às sedentárias (38,9%), com a maioria percebendo sua silhueta maior que a realidade (Qui-quadrado, p > 0,05). O EAT-26 foi positivo em 10,0% das bailarinas e 10,0% das praticantes de musculação, enquanto que 100,0% das sedentárias apresentaram resultado negativo. Verificou a partir do BITE que 100,0% das bailarinas apresentaram escore baixo, 30,0% das praticantes de musculação com escore médio e 17,3% das sedentárias com escore elevado. Identificou-se uma correlação positiva significativa entre o BITE e o IMC (r2 = 0,4265, p = 0,0028), peso e BITE (r2 = 0,5106, p = 0,0002) e BITE e EAT (r2 = 0,417, p = 0,0035). Conclusão: Não houve associação entre a insatisfação e distorção da IC nas praticantes de ballet. As bailarinas e praticantes de musculação apresentaram risco para anorexia e as praticantes de musculação e sedentárias risco para bulimia.