As jornadas de junho e os novos movimentos: uma análise sob a perspectiva marxista
Presente trabalho discute os aspectos históricos, políticos e econômicos que fizeram insurgir no Brasil, no ano de 2013, o que chamamos de “Jornadas de Junho”. Tem como objetivo fazer uma análise dos novos movimentos que surgiram impulsionados pela conjuntura do ascenso de lutas. O trabalho foi dese...
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Publicado em: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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ri-123456789-362022021-09-20T18:33:11Z As jornadas de junho e os novos movimentos: uma análise sob a perspectiva marxista Souza, Luana Vanessa Soares Pinto de Nascimento, Juliana Maria do Santos, Tássia Monte Silva, Andréia Lima da Protestos Mobilização História política Política econômica Movimentos sociais Jornadas de junho Novos movimentos Crise do leste europeu Neoliberalismo Presente trabalho discute os aspectos históricos, políticos e econômicos que fizeram insurgir no Brasil, no ano de 2013, o que chamamos de “Jornadas de Junho”. Tem como objetivo fazer uma análise dos novos movimentos que surgiram impulsionados pela conjuntura do ascenso de lutas. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa. O contexto que o Brasil viveu não estava descolado da conjuntura internacional, desde 2011 que a situação política do resto do mundo não é mais a mesma, a influência da Primavera Árabe aliada à crise econômica e aos planos de austeridade que estão sendo implementados pelos governo, impulsionam uma série de novos movimentos e protestos multitudinários. A partir de pesquisa bibliográfica, esse trabalho se propõe a relacionar os novos movimentos que surgiram a partir das jornadas de junho de 2013, com osmovimentos de outros países, identificando suas características triunfos e formas de mobilização, é o caso do movimento Anonymous, o Occupy All Stret nos EUA, e o Democracia já! na Espanha. É importante ressaltar que esses “fenômenos” revelam uma nova vanguarda que se formou desde o início da década de 1990, com a queda do socialismo no leste europeu, a partir da restauração do capitalismo nos países que formavam o bloco socialista. Esse fato alinhado ao auge da implementação do neoliberalismo, através das instâncias do regime democrático burguês, provocou um verdadeiro vendaval oportunista na esquerda mundial, várias organizações passaram à sustentar as táticas do imperialismo e do grande capital. A relação entre esses elementos provocou uma espécie de descrença na vanguarda que se forjara, e consequentemente, cria condições propícias para a influência do “anarquismo”, o fortalecimento do autonomismo e do individualismo. As lutas passam a ter uma pauta centrada nas “questões democráticas”, pontuais. Os novos movimentos rompem com os métodos tradicionais da classe operária e perdem de seu horizonte a luta pelo socialismo. A pesquisa revela que há um distanciamento entre os novos movimentos e os métodos tradicionais da democracia operária, tendo que ser superados para que a luta pelo socialismo volte a estar no horizonte dos jovens e trabalhadores de todo o mundo. 2017-07-14T13:43:07Z 2021-09-20T18:33:11Z 2017-07-14T13:43:07Z 2021-09-20T18:33:11Z 2013 bachelorThesis 2010032756 SOUZA, Luana Vanessa Soares Pinto de. As jornadas de junho e os novos movimentos: uma análise sob a perspectiva marxista. 2013. 87f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social), Departamento de Serviço Social, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013. https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/36202 pt_BR openAccess application/pdf Universidade Federal do Rio Grande do Norte Brasil UFRN Serviço Social |
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Presente trabalho discute os aspectos históricos, políticos e econômicos que fizeram insurgir no Brasil, no ano de 2013, o que chamamos de “Jornadas de Junho”. Tem como objetivo fazer uma análise dos novos movimentos que surgiram impulsionados pela conjuntura do ascenso de lutas. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa. O contexto que o Brasil viveu não estava descolado da conjuntura internacional, desde 2011 que a situação política do resto do mundo não é mais a mesma, a influência da Primavera Árabe aliada à crise econômica e aos planos de austeridade que estão sendo implementados pelos governo, impulsionam uma série de novos movimentos e protestos multitudinários. A partir de pesquisa bibliográfica, esse trabalho se propõe a relacionar os novos movimentos que surgiram a partir das jornadas de junho de 2013, com osmovimentos de outros países, identificando suas características triunfos e formas de mobilização, é o caso do movimento Anonymous, o Occupy All Stret nos EUA, e o Democracia já! na Espanha. É importante ressaltar que esses “fenômenos” revelam uma nova vanguarda que se formou desde o início da década de 1990, com a queda do socialismo no leste europeu, a partir da restauração do capitalismo nos países que formavam o bloco socialista. Esse fato alinhado ao auge da implementação do neoliberalismo, através das instâncias do regime democrático burguês, provocou um verdadeiro vendaval oportunista na esquerda mundial, várias organizações passaram à sustentar as táticas do imperialismo e do grande capital. A relação entre esses elementos provocou uma espécie de descrença na vanguarda que se forjara, e consequentemente, cria condições propícias para a influência do “anarquismo”, o fortalecimento do autonomismo e do individualismo. As lutas passam a ter uma pauta centrada nas “questões democráticas”, pontuais. Os novos movimentos rompem com os métodos tradicionais da classe operária e perdem de seu horizonte a luta pelo socialismo. A pesquisa revela que há um distanciamento entre os novos movimentos e os métodos tradicionais da democracia operária, tendo que ser superados para que a luta pelo socialismo volte a estar no horizonte dos jovens e trabalhadores de todo o mundo. |
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