Comunidade Negros do Riacho/RN: condições socioeconômicas e o avanço da anemia falciforme

A longa trajetória histórica de luta das comunidades quilombolas no Brasil começa desde o processo de escravidão, contribuindo para a formação social do País, alicerçada sempre na força do movimento negro. Porém, é só a partir da década de 1980 que surgem às primeiras iniciativas de políticas public...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Oliveira, Brenda Jéssika Cirne de
Outros Autores: Pereira, João Dantas
Formato: bachelorThesis
Idioma:por
Publicado em: Serviço Social
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/36116
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Descrição
Resumo:A longa trajetória histórica de luta das comunidades quilombolas no Brasil começa desde o processo de escravidão, contribuindo para a formação social do País, alicerçada sempre na força do movimento negro. Porém, é só a partir da década de 1980 que surgem às primeiras iniciativas de políticas publicas focadas para esse segmento populacional, e no âmbito da saúde apenas em 2000. Hoje as comunidades quilombolas são agrupamentos étnicos que sobrevivem nos mesmos territórios de seus ancestrais, considerados como populações tradicionais, por suas relações socioculturais particulares, vivendo em preservação de sua identidade e acabam ficando á margem da sociedade pelas iniquidades existente no país. Esse trabalho objetivou fazer um breve resgate sócio-econômico e cultural das comunidades quilombolas e ainda, analisar quais são as propostas do Estado na área da assistência e saúde para diminuir a permanência dessas desigualdades nas comunidades, em especial alertando sobre a expansão de uma doença denominada anemia falciforme (doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue que causa anemia aguda possuindo tratamento mas não cura efetiva podendo levar até a morte), bem como as expressões das questões social, podem influenciar em seu controle e prevenção. Na tentativa de fazer uma análise da materialização das ações do Estado sobre essa problemática é feito o recorte da Comunidade Remanescente Quilombola Negros do Riacho, localizada no município de Currais Novos – RN. Para essa reflexão foram utilizados alguns instrumentos metodológicos, tais como: Levantamento bibliográfico sobre a temática, Dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e observação empírica. Tal pesquisa possibilitou a visualização da dificuldade de alcance das políticas públicas ás comunidades remanescentes de quilombos, e as consequências nas condições de saúde dos habitantes, em especial o controle da anemia falciforme na Comunidade Negros do Riacho, identificando que as condições socioeconômicas agravam não só o tratamento da doença, mas também a dificuldade de manutenção da comunidade e seus aspectos éticos e culturais.