Espaços e catástrofes em Zósimo: religião e poder na História Nova (séculos V e VI d.C.)
Durante a Antiguidade Tardia, o Império Romano passou por diversas transformações religiosas, políticas, culturais, administrativas, territoriais, econômicas e sociais que afetaram o modo como o mesmo era pensado, resultando na produção de releituras diversas na historiografia do período. Em cont...
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Formato: | bachelorThesis |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Assuntos: | |
Endereço do item: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34832 |
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Resumo: | Durante a Antiguidade Tardia, o Império Romano passou por diversas transformações
religiosas, políticas, culturais, administrativas, territoriais, econômicas e sociais que afetaram o
modo como o mesmo era pensado, resultando na produção de releituras diversas na
historiografia do período. Em contraste à vertente cristã da História, que, devido ao processo
de cristianização do Império, estava tornando-se mais predominante e popular, há o surgimento
da corrente ´´classicista´´, composta (predominantemente) por historiadores pagãos que
escreviam, em grego ático, utilizando uma forma de escrever a História inspirada nos escritores
da Antiguidade Clássica, uma versão não-cristã (pagã) da História do Império Romano. Poucas
obras escritas por estes historiadores sobreviveram até a atualidade. Chegando até os nossos
dias praticamente intacta e composta de 6 livros, a História Nova, fabricada provavelmente
durante os reinados de Anastásio (499-518) e Justino (518-527), foi escrita no Império Romano
Oriental pelo advogado do Fisco e cômite Zósimo. Nela, o autor, utilizando como fontes outros
historiadores, especialmente Eunápio de Sardes, escreve acerca do passado romano, procurando
expor os motivos que teriam levado à decadência e ao fim dos seus tempos áureos de Roma.
Observamos que Zósimo, influenciado pelas relações de poder em que estava inserido, teceu,
através das suas considerações sobre indivíduos, localidades, fatos e deuses, uma espacialidade
imperial romana no seu discurso histórico. A presente monografia possuí como objetivo
analisar como foi possibilitada e construída tal imagem do Império Romano na História Nova,
especialmente quando foram utilizadas discursivamente catástrofes para qualificar e
desqualificar espaços do Império, como Roma, Constantinopla e Atenas. |
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