A câmara da cidade do Natal: o cotidiano administrativo de uma câmara periférica (1720-1759)

Esta monografia pretende inserir a câmara da cidade do Natal no debate acerca da governança no império ultramarino português, ao analisar o cotidiano administrativo da mesma, entre os anos de 1720-1759. O recorte temporal explica-se pelo contexto da capitania do Rio Grande. O ano de 1720 cara...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Barbosa, Kleyson Bruno Chaves
Outros Autores: Alveal, Carmen Margarida Oliveira
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34811
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Descrição
Resumo:Esta monografia pretende inserir a câmara da cidade do Natal no debate acerca da governança no império ultramarino português, ao analisar o cotidiano administrativo da mesma, entre os anos de 1720-1759. O recorte temporal explica-se pelo contexto da capitania do Rio Grande. O ano de 1720 caracteriza-se por ser um marco, pois a partir desta data a chamada Guerra dos Bárbaros já é entendida como finalizada, e o processo de territorialização nos sertões a oeste da capitania teriam sido efetivados de forma mínima. Já 1759 corresponde ao ano em que Natal deixou de ser a única localidade da capitania do Rio Grande que possuía foros de municipalidade, desde 1599, e, portanto, que possuía uma câmara. Inicialmente, buscar-se-á inserir a Câmara do Natal nessa dimensão do império ultramarino português, utilizando-se das relações centro-periferia, no sentido de pensar Natal enquanto uma periferia por excelência. Entretanto, em um segundo momento, ao se olhar para o interior da capitania do Rio Grande, almejou-se também analisar até que ponto essa cidade poderia ser entendida enquanto centro. Depois, a análise concentra-se nos homens bons que compuseram a câmara do Natal nesse período, traçando-se um perfil dos mesmos, buscando-se pensar na rotatividade entre os cargos e um padrão de ascensão dos postos camarários, e os tipos de impedimentos para efetivação da posse de uma pessoa eleita. Por fim, o fazer diário desses camarários foi enfatizado, ao se pensar acerca da frequência com que esses homens se reuniam, assim como as temáticas que eles discutiam, a fim de gerenciar a cidade do Natal, e também a capitania do Rio Grande. Para essa análise, foram utilizados, principalmente, os termos de vereação, produzidos pelos camarários no período estudado, construindo-se a partir disto, gráficos e tabelas, no intuito de compreender os questionamentos realizados nessa pesquisa.