Autonomia e movimento operário em Cornelius Castoriadis

A pesquisa consiste em apresentar as noções conceituais e argumentos mais importantes para Cornelius Castoriadis que permitam elucidar o papel da ação política operária na busca pela autonomia coletiva e individual. A partir da delimitação históricoconceitual da reflexão filosófica sobre o desenv...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Marques, Alfran Marcos Borges
Outros Autores: Dela-Sávia, Sérgio Luís Rizzo
Formato: bachelorThesis
Idioma:pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34596
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Descrição
Resumo:A pesquisa consiste em apresentar as noções conceituais e argumentos mais importantes para Cornelius Castoriadis que permitam elucidar o papel da ação política operária na busca pela autonomia coletiva e individual. A partir da delimitação históricoconceitual da reflexão filosófica sobre o desenvolvimento do movimento operário, demonstram-se as principais críticas de Castoriadis dirigidas ao gerenciamento científico da produção, às tendências burocráticas da sociedade contemporânea e à alienação promovida pela ideologia capitalista. Para tanto, é essencial compreender as categorias usadas em todo o seu percurso filosófico: luta implícita, luta explícita, organização operária e contradição fundamental do capitalismo. A relação entre movimento operário e projeto de autonomia torna-se de máxima importância para Castoriadis, o que exige repensar a participação política a partir de uma perspectiva substancial, ou seja, por meio da radicalização profunda da própria noção de democracia. Em suma, o presente estudo procura analisar a autonomia operária em Castoriadis reconstruindo o percurso histórico que o levou do marxismo às noções de autonomia e imaginário social radical e, em seguida, como essa teoria social defende a conquista do autogoverno coletivo e popular. Este debate propõe elucidar os fenômenos que encarnam a heteronomia e a administração burocrática da sociedade: o marxismo ortodoxo e o capitalismo. Diante das sombras deixadas pelo declínio da teoria socialista e da alienação cada vez mais brutal do capitalismo, pensar a autonomia de forma radical é o único modo de viabilizar a ação consciente, lúcida e criativa. Somente assim a auto-instituição da sociedade apresentar-se-ia explicitamente aos olhos dos indivíduos tornando-os portadores da responsabilidade de edificar a organização coletiva. Esta capacidade de julgar as significações e a instituição social em sua totalidade implica um tipo inédito de ser social e histórico.