Variabilidade climática da disponibilidade hídrica na região semiárida do Estado do Rio Grande do Norte

O semiárido do estado do Rio Grande do Norte apresenta grande variabilidade climática sazonal e interanual, sendo castigado frequentemente por longos períodos de estiagens. Região que tem como bioma predominante a caatinga, reconhecida por ser bem adaptada à falta de água e altas temperaturas. Por m...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Schmidt, Darlan Martinez, lima, Kellen Karla, jesus, edmir dos santos
Formato: article
Idioma:pt_BR
Publicado em: UFRJ
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30019
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Descrição
Resumo:O semiárido do estado do Rio Grande do Norte apresenta grande variabilidade climática sazonal e interanual, sendo castigado frequentemente por longos períodos de estiagens. Região que tem como bioma predominante a caatinga, reconhecida por ser bem adaptada à falta de água e altas temperaturas. Por meio do Balanço Hídrico (BH) de Thornthwaite e Mather, foi avaliada a variabilidade da disponibilidade hídrica para uma localidade da região semiárida potiguar, onde predomina o bioma caatinga. Para tal, foram utilizados os dados históricos registrados na estação Meteorológica instalada no município de Cruzeta (Rio Grande do Norte), para três períodos diferentes: (i) BH com dados de 30 anos entre 1961 e 1990 (doravante, climatologia); (ii) BH médio do período compreendido entre 2000 e 2016 (doravante, clima presente); e (iii) estimativas de cenário para possíveis mudanças climáticas, em que se adotou um aumento de temperatura média para o bioma caatinga de 2ºC entre 2041-2070 e a projeção de -20% em média para a precipitação (doravante, clima futuro). Para os cálculos das estimativas do BH, foi considerada a capacidade de água disponível (CAD) de 100 mm. Os resultados mostraram que no clima presente, as temperaturas foram elevadas em 0,6°C em comparação à climatologia da região. Os volumes de chuva foram em média 10% abaixo da climatologia na maior parte dos anos e consumidos integralmente pela taxa de evapotranspiração real, elevando a taxa de deficiência hídrica em 213 mm anuais. No que diz respeito ao clima futuro, com o incremento de 2ºC na temperatura média até o final do século XXI, o déficit hídrico aumenta consideravelmente, chegando a ser quatro vezes maior que os volumes precipitados, colocando a região em situação cada vez mais crítica em relação à demanda e oferta hídrica. Diante dos resultados aqui apresentados, torna-se cada mais importante a adoção de planejamento e gerenciamento adequados dos recursos hídricos e assim mantida a oferta de água para a demanda regional