Characterization of cell types affected by noise-induced tinnitus in the auditory cortex of mice

O tinnitus é um estado anormal de atividade das células nervosas do sistema auditivo, que leva à percepção de sons fantasmas, como um zumbido nos ouvidos. Embora a percepção do tinnitus não seja prejudicial em si, pode levar a um estresse psicológico grave, a ansiedade e depressão. Vários estudos...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Sousa, Ingrid Nogueira
Outros Autores: Leão, Emelie Katarina Svahn
Formato: Dissertação
Idioma:pt_BR
Publicado em: Brasil
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27679
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Descrição
Resumo:O tinnitus é um estado anormal de atividade das células nervosas do sistema auditivo, que leva à percepção de sons fantasmas, como um zumbido nos ouvidos. Embora a percepção do tinnitus não seja prejudicial em si, pode levar a um estresse psicológico grave, a ansiedade e depressão. Vários estudos indicam o córtex auditivo como um alvo potencial para a estimulação transcraniana magnética/corrente contínua para aliviar a percepção do zumbido, mas pouco é conhecido sobre como esse zumbido altera os circuitos corticais. Aqui nós investigamos populações celulares da camada 5 (L5) do córtex auditivo primário (A1) em um modelo de tinnitus induzido por ruído. As células piramidais (PCs) da L5 são rotineiramente subdivididas em tipo A, que projetam corticofugal, ou PC tipo B, com projeção contralateral, post hoc. Encontramos que as propriedades de membrana foram diferentes entre as células mais jovens (P16-23) e as maduras (P38-52) e, portanto, optamos por incluir apenas animais com idade ≥1 mês para a superexposição ao ruído (4-20kHz, 90dB, 1,5 h). Em seguida, comparamos as propriedades ativas e passivas da membrana entre os dois subtipos de PCs, bem como entre animais controle e animais expostos ao ruído. Também usamos camundongos transgênicos Chrna2-cre para investigar a atividade de células inibitórias Martinotti entre os grupos experimentais. Vimos que a superexposição ao ruído não alterou as propriedades passivas da membrana das PCs do tipo A e tipo B quando examinadas de 5 a 8 dias após o trauma. Entretanto, encontramos PCs do tipo A tendo uma frequência de disparo significativamente menor em resposta a injeções de corrente positivas (150pA) após a superexposição ao ruído (controle A: 20,3 ± 1,8Hz, n = 11, ruído superexposto: 16,1 ± 1,2 Hz, n = 19, p = 0,050), enquanto as PCs do tipo B, por outro lado, aumentaram significativamente a frequência de disparo no estado estacionário (Controle B: 13,3 ± 1,3 Hz, n = 13, ruído superexposto: 19,5 ± 2,4 Hz, n = 22, p = 0,048). Interessantemente, dados preliminares das células Martinotti de animais superexpostos ao ruído mostram uma frequência de disparo inicial maior do que o controle (controle M: 70,05 ± 6,5 Hz, n = 8, ruído superexposta: 80,5 ± 3,4 Hz, n = 12), assim como maior frequência de estado estacionário (controle M: 20,35 ± 4,4Hz, ruído superexposto: 33,5 ± 4,9Hz). Como as células Martinotti são especificamente conectadas a PCs tipo A através de inibição recorrente, isso poderia sugerir que as células Martinotti protegem as PCs tipo A contra a hiperatividade acústica. Dados preliminares usando um marcador de atividade genética (CaMPARI, n = 4 ratos) também sugerem que a superexposição ao ruído não afeta as células uniformemente na camada 5-6 do A1. Juntos, esses resultados são um primeiro passo na identificação de neurônios corticais específicos afetados pelo zumbido induzido por ruído e quantificam as diferenças eletrofisiológicas observadas em cada subtipo. Entender os mecanismos celulares do zumbido é crucial para aprimorar os tratamentos utilizando estimulação cortical.