Influência da hierarquia na dinâmica de interação social em machos de Callithrix jacchus em ambiente natural

A cooperação é uma interação social afiliativa que traz ganho líquido para todos os envolvidos. Num grupo social, o investimento nesse tipo de interação proporciona um retorno cooperativo como resultado direto. Nos primatas, as interações sociais afiliativas reforçam os laços entre indivíduos do gru...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Santos, Pablo Felipe Gonçalves de Araújo
Outros Autores: Souza, Arrilton Araújo de
Formato: Dissertação
Idioma:por
Publicado em: Brasil
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Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26288
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CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: PSICOBIOLOGIA
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Santos, Pablo Felipe Gonçalves de Araújo
Influência da hierarquia na dinâmica de interação social em machos de Callithrix jacchus em ambiente natural
description A cooperação é uma interação social afiliativa que traz ganho líquido para todos os envolvidos. Num grupo social, o investimento nesse tipo de interação proporciona um retorno cooperativo como resultado direto. Nos primatas, as interações sociais afiliativas reforçam os laços entre indivíduos do grupo. Também há as interações agonísticas, que se referem a comportamentos utilizados em contextos agressivos e de submissão, porém essas são menos frequentes nos primatas. Machos de Callithrix jacchus desempenham papel importante na relação cooperação x competição presente na espécie. Para compreender a dinâmica de interações de sociedades mais complexas, muitos pesquisadores utilizam a abordagem de redes, afim de desenhar de forma mais refinada aspectos estruturais dos grupos sociais. Neste trabalho, indivíduos do sexo masculino (adultos e subadulto) de um grupo de saguis foram observados duas vezes por mês, bem como foram registrados seus comportamentos afiliativos e agonísticos. Os comportamentos afiliativos (catação social e contato físico) foram documentados pelo método animal focal, registrando a duração e a frequência destas interações, contudo, comportamentos agonísticos (como afastamento, fuga, submissão, ameaça e luta) e comportamento sexual (monta) foram registrados através de amostragem comportamental. Os dados coletados foram utilizados na elaboração de redes sociais e outras análises. Os resultados mostraram que a duração da catação e do contato, e a frequência de agressões não diferem estatisticamente. Já a frequência dos comportamentos afiliativos, catação e contato, difere entre os machos, com o dominante realizando tais comportamentos com mais frequência. Os sociogramas mostram que a dinâmica das interações afiliativas e agonísticas entre os machos muda. Verificamos que o reprodutor dominante e o segundo macho na sucessão da hierarquia direcionam mais exibições agonísticas para outros indivíduos. O reprodutor também concentra o maior número de interações afiliativas enquanto os demais se assemelham em relação à essas interações. Constatamos que existe uma assimetria nas interações sociais que envolvem machos de C. jacchus na Caatinga, e essa assimetria está ligada ao posto de dominância ocupado pelo animal dentro do grupo social.
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Para compreender a dinâmica de interações de sociedades mais complexas, muitos pesquisadores utilizam a abordagem de redes, afim de desenhar de forma mais refinada aspectos estruturais dos grupos sociais. Neste trabalho, indivíduos do sexo masculino (adultos e subadulto) de um grupo de saguis foram observados duas vezes por mês, bem como foram registrados seus comportamentos afiliativos e agonísticos. Os comportamentos afiliativos (catação social e contato físico) foram documentados pelo método animal focal, registrando a duração e a frequência destas interações, contudo, comportamentos agonísticos (como afastamento, fuga, submissão, ameaça e luta) e comportamento sexual (monta) foram registrados através de amostragem comportamental. Os dados coletados foram utilizados na elaboração de redes sociais e outras análises. Os resultados mostraram que a duração da catação e do contato, e a frequência de agressões não diferem estatisticamente. Já a frequência dos comportamentos afiliativos, catação e contato, difere entre os machos, com o dominante realizando tais comportamentos com mais frequência. Os sociogramas mostram que a dinâmica das interações afiliativas e agonísticas entre os machos muda. Verificamos que o reprodutor dominante e o segundo macho na sucessão da hierarquia direcionam mais exibições agonísticas para outros indivíduos. O reprodutor também concentra o maior número de interações afiliativas enquanto os demais se assemelham em relação à essas interações. Constatamos que existe uma assimetria nas interações sociais que envolvem machos de C. jacchus na Caatinga, e essa assimetria está ligada ao posto de dominância ocupado pelo animal dentro do grupo social. A cooperação é uma interação social afiliativa que traz ganho líquido para todos os envolvidos. Num grupo social, o investimento nesse tipo de interação proporciona um retorno cooperativo como resultado direto. Nos primatas, as interações sociais afiliativas reforçam os laços entre indivíduos do grupo. Também há as interações agonísticas, que se referem a comportamentos utilizados em contextos agressivos e de submissão, porém essas são menos frequentes nos primatas. Machos de Callithrix jacchus desempenham papel importante na relação cooperação x competição presente na espécie. Para compreender a dinâmica de interações de sociedades mais complexas, muitos pesquisadores utilizam a abordagem de redes, afim de desenhar de forma mais refinada aspectos estruturais dos grupos sociais. Neste trabalho, indivíduos do sexo masculino (adultos e subadulto) de um grupo de saguis foram observados duas vezes por mês, bem como foram registrados seus comportamentos afiliativos e agonísticos. Os comportamentos afiliativos (catação social e contato físico) foram documentados pelo método animal focal, registrando a duração e a frequência destas interações, contudo, comportamentos agonísticos (como afastamento, fuga, submissão, ameaça e luta) e comportamento sexual (monta) foram registrados através de amostragem comportamental. Os dados coletados foram utilizados na elaboração de redes sociais e outras análises. Os resultados mostraram que a duração da catação e do contato, e a frequência de agressões não diferem estatisticamente. Já a frequência dos comportamentos afiliativos, catação e contato, difere entre os machos, com o dominante realizando tais comportamentos com mais frequência. Os sociogramas mostram que a dinâmica das interações afiliativas e agonísticas entre os machos muda. Verificamos que o reprodutor dominante e o segundo macho na sucessão da hierarquia direcionam mais exibições agonísticas para outros indivíduos. O reprodutor também concentra o maior número de interações afiliativas enquanto os demais se assemelham em relação à essas interações. Constatamos que existe uma assimetria nas interações sociais que envolvem machos de C. jacchus na Caatinga, e essa assimetria está ligada ao posto de dominância ocupado pelo animal dentro do grupo social. 2018-12-07T00:19:23Z 2018-12-07T00:19:23Z 2018-08-29 masterThesis SANTOS, Pablo Felipe Gonçalves de Araújo. Influência da hierarquia na dinâmica de interação social em machos de Callithrix jacchus em ambiente natural. 2018. 46f. Dissertação (Mestrado em Psicobiologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018. https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26288 por Acesso Aberto application/pdf Brasil UFRN PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA