Distribuição funcional de renda no Brasil (1955-2014)

Nas ciências econômicas são vastos os trabalhos que analisam a temática voltada às desigualdades econômicas, porém, uma das críticas feitas à literatura econômica contemporânea que estuda a desigualdade de renda é que esta, predominantemente, estuda aspectos relacionados à distribuição pessoal de re...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pereira, Daisy Caroline Nascimento
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-4481-9750
Formato: Dissertação
Idioma:por
Publicado em: Brasil
Assuntos:
Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24276
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Descrição
Resumo:Nas ciências econômicas são vastos os trabalhos que analisam a temática voltada às desigualdades econômicas, porém, uma das críticas feitas à literatura econômica contemporânea que estuda a desigualdade de renda é que esta, predominantemente, estuda aspectos relacionados à distribuição pessoal de renda (DPR), esquecendo-se de se aprofundar nas questões relacionadas à distribuição funcional de renda (DFR). Embora a DFR seja um aspecto importante no desenvolvimento de muitas teorias macroeconômicas, seu estudo ainda é muito negligenciado, tanto a nível internacional quanto nacional. Isso se deve, em grande parte, às limitações teóricas e metodológicas inerentes ao seu estudo. Apesar dessas limitações, existem diversos fatores que motivam seu estudo. Assim, o presente trabalho tem por objetivo analisar o comportamento histórico da Distribuição Funcional de Renda no Brasil entre 1955-2014. Analisamos o comportamento da DFR a partir de três fatores: produtividade real do trabalho, salários reais e o poder de barganha dos trabalhadores. A análise do poder de barganha dos trabalhadores foi realizada através da compreensão da evolução do Estado do Bem-Estar Social. Os resultados demonstram que, entre 1955 a 2014, a distribuição funcional de renda no Brasil apresentou comportamento cíclico. Em comparação internacional, percebe-se que a participação da renda do trabalho na renda nacional acompanhou a dinâmica internacional e que a DFR no Brasil é relativamente baixa, mesmo quando comparada com a de países pobres. Também verificamos que estudos voltados a DFR devem levar em consideração fatores conceituais, metodológicos e quantitativos, pois, não existe um consenso na literatura em relação as suas técnicas de mensuração. Através das metodologias apresentadas, percebe-se que o tratamento dado à renda dos autônomos (renda mista) é o principal fator que influencia a existência de diversas formas de estimação da participação da renda do trabalho na renda nacional. A pesquisa classifica-se como exploratória-descritiva, quali-quantitativa e os dados foram obtidos, majoritariamente, através das Contas Nacionais realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelos bancos de dados da International Labour Organization (ILO) e Organisation for Economic Co-operation and Deselopment (OECD).