Os Brutos e o Sacristão: a angústia de um emasculado

A literatura de 30, produzida no Nordeste, mostra os valores de gênero que eram impostos às pessoas naquela época que viviam principalmente nas pequenas comunidades interioranas dessa região. Nos romances do autor potiguar José Bezerra Gomes, vemos como o adequar-se a esses valores pode ser o p...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Furtado, Hélio Dias
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em:
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Endereço do item:https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21393
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Descrição
Resumo:A literatura de 30, produzida no Nordeste, mostra os valores de gênero que eram impostos às pessoas naquela época que viviam principalmente nas pequenas comunidades interioranas dessa região. Nos romances do autor potiguar José Bezerra Gomes, vemos como o adequar-se a esses valores pode ser o principal objetivo de muitos de seus personagens masculinos, mas também pode tornar-se um motivo de angústia para aqueles que não conseguem se adaptar a eles. Essa é a realidade vivida pelo personagem sacristão João do romance Os Brutos (1938). Através dos conceitos psicanalíticos apresentados por Eugene Monick em Falo - a sagrada imagem do masculino (1993), podemos entender a natureza do conflito de fundo religioso e sexual vivido por esse personagem e como, diante de uma realidade tão adversa, conservadora e imutável, seu destino será, como consequência de sua religiosidade paroquial, carregar seu estigma de desajustado até o fim da vida.