As voltas da história: terra, memória e educação patrimonial na boa vista dos negros
Os africanos tiveram um papel central no desenvolvimento econômico, social e cultural do Nordeste brasileiro: como escravos, participaram ativamente da ocupação do território e dos processos produtivos (cana de açúcar, gado e algodão), teceram solidariedades em torno das irmandades, se organizara...
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Formato: | article |
Idioma: | pt_BR |
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Endereço do item: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/18999 |
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Resumo: | Os africanos tiveram um papel central no desenvolvimento econômico, social e cultural
do Nordeste brasileiro: como escravos, participaram ativamente da ocupação do
território e dos processos produtivos (cana de açúcar, gado e algodão), teceram
solidariedades em torno das irmandades, se organizaram em comunidades
quilombolas, perpetuaram histórias, práticas e saberes. No entanto, a historiografia
oficial invisibilizou essa presença e menosprezou a importância da mão de obra negra,
especialmente pouco se sabe sobre os libertos muito antes da Abolição. Apresentamos
alguns elementos que indicam a existência de outra história e de processos
constitutivos de uma amnésia generalizada quando se fala do “tempo do cativeiro”. A
memória e a tradição cultural auxiliam no exercício da evocação do passado, mostram
os caminhos percorridos para recuperar uma história que ainda fica para ser escrita,
justificando as buscas recentes pelos direitos territoriais por parte dos grupos
detentores dessa história. O exemplo da comunidade quilombola de Boa Vista que
redescobre seu passado na hora da reivindicação do território coletivo ilustra a difícil e
necessária tomada de consciência de uma memória silenciada durante séculos |
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