Meios de resgatar a saúde bucal e autoestima de idosos
O presente estudo objetivou analisar as características epidemiológicas das condições de saúde bucal de 98 idosos de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e de 125 participantes de Grupos de Convivência, de bairros periféricos, socialmente semelhantes, de Fortaleza, Ceará, Brasi...
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Formato: | doctoralThesis |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Assuntos: | |
Endereço do item: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/13227 |
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Resumo: | O presente estudo objetivou analisar as características epidemiológicas
das condições de saúde bucal de 98 idosos de uma Instituição de Longa
Permanência para Idosos (ILPI) e de 125 participantes de Grupos de Convivência,
de bairros periféricos, socialmente semelhantes, de Fortaleza, Ceará, Brasil, para
orientação do tratamento odontológico. Investigou-se a autopercepção em saúde
bucal desses idosos a fim de realizar uma avaliação comparativa entre eles e com
os levantamentos epidemiológicos de base nacional (SB Brasil) e de base estadual
(SB Ceará). Devido a alguns idosos da ILPI recusarem o tratamento dentário e a
identificação do elevado percentual de demenciados, optou-se por realizar uma
avaliação cognitiva, o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) visando identificar os
aptos à reabilitação oral. Métodos: abordagem epidemiológica do tipo transversal,
sendo a coleta de dados realizada por cinco examinadores, utilizando os critérios
recomendados pela OMS (1997). Resultados: O CPO-D médio encontrado na ILPI,
foi de 29,88, com predomínio do componente perdido (93,27%) enquanto o CPO-D
médio dos não institucionalizados fixou-se em 30,17, com predomínio do
componente perdido (63,70%). Também se avaliou o uso e a necessidade de
prótese dentária: dos residentes na ILPI, 10,20% usavam prótese superior e 3,06%,
inferior; 94,90% necessitavam de prótese superior e 97,96% de inferior; sendo a
prótese total foi o tipo mais prevalente, 88,78% para ambos os arcos. O percentual
do uso de prótese dos não institucionalizados foi 71,20% no arco superior, sendo
66,40% prótese total; já para o arco inferior, 32,80%, das quais 31,20% era prótese
total. No presente estudo, tanto para uso quanto para necessidade, considerando
ambos os arcos, a diferença entre os idosos institucionalizados e não
institucionalizados foi estatisticamente significativa pelo teste Qui - quadrado
(p<0,001). Como resultado do MEEM, observou-se deterioração cognitiva (escore ≤
12) em 37,25% dos entrevistados, bem como um declínio cognitivo com o avanço da
idade. Conclusões: Os resultados apontam que há um maior percentual de uso de
prótese total no arco superior e maior frequência quanto à ausência de próteses de
qualquer tipo no arco inferior. Evidenciou-se que os idosos pesquisados foram
submetidos a tratamento mutilador e, como consequência necessitam de reabilitação
oral, o que pressupõe a necessidade de políticas públicas para que isso ocorra
efetivamente. Os participantes deste estudo caracterizam-se por uma autopercepção
positiva da sua saúde bucal, a despeito das condições clínicas insatisfatórias e de
precária saúde bucal, com acentuada prevalência de cárie dentária e edentulismo. O
MEEM revelou deficiência cognitiva na maioria dos idosos, confirmando que a sua
aplicação, previamente à reabilitação oral pode evitar desperdícios financeiros.Tais
achados refletem a necessidade de implantação de políticas reabilitadoras em saúde
bucal voltadas para o idoso; baseadas na perspectiva da integralidade como
princípio doutrinário do Sistema Único de Saúde, o que redundaria numa melhor
qualidade de vida, tanto pela melhor mastigação, digestão e nutrição, pelo maior
aproveitamento dos alimentos, quanto pelo favorecimento à comunicação, pela
dicção e fala, contribuindo para a socialização e consequente elevação da
autoestima dessa clientela. |
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