Um artesão de matrioshkas - Ficção histórica e metaficção em Rubem Fonseca
Esta dissertação analisa os recursos metaficcionais nos contos e romances de Rubem Fonseca, incluindo os que tratam de eventos e personagens históricos, fundindo, assim, ficção e História. Para tanto, nos apoiamos em teóricos que se debruçam sobre a metaficção, esta tendência que marca o Pós-Mode...
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Endereço do item: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/1/11836 |
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ri-1-118362017-11-04T03:39:06Z Um artesão de matrioshkas - Ficção histórica e metaficção em Rubem Fonseca LEITE, Bruno Ricardo de Souto XAVIER, Wiebke Röben de Alencar Rubem Fonseca Metaficção Pós-modernismo Paródia Ficção histórica Esta dissertação analisa os recursos metaficcionais nos contos e romances de Rubem Fonseca, incluindo os que tratam de eventos e personagens históricos, fundindo, assim, ficção e História. Para tanto, nos apoiamos em teóricos que se debruçam sobre a metaficção, esta tendência que marca o Pós-Modernismo em literatura, a exemplo de Linda Hutcheon (1991), Patricia Waugh (2003) e Gustavo Bernardo (2010). Um dos escritores brasileiros mais respeitados dentro e fora de nossas fronteiras, Fonseca estreia nos anos 1960 trilhando um caminho próprio dentro da prosa de ficção brasileira, não só pelas narrativas violentas, faceta pela qual ele é mais conhecido, mas também pelo caráter autorreflexivo, autoconsciente e digressivo de seus textos. Acusado de ser repetitivo, nota-se que, se é verdade que seus personagens em geral são “tipos” (o artista culto, o detetive, o “garanhão”), ele costuma experimentar na forma, variando os focos narrativos de maneira a entretecer camadas narrativas e parodiar gêneros: O caso Morel, por exemplo, é um romance policial que implode o romance policial; o conto "H.M.S. Cormorant em Paranaguá", por seu turno, é uma homenagem à segunda geração romântica brasileira, representada por Álvares de Azevedo, em uma conformação pós-moderna de pastiche. A obra cinquentenária de Rubem Fonseca joga luz sobre questões que estão na “ordem do dia”, como o tripé artista-sociedade-mercado, e introduz um outro olhar sobre o passado histórico - incluindo a História da cultura, principalmente da literatura. As narrativas aqui analisadas testam os limites que separam – ou não – a ficção da dita realidade, e são por nós classificadas nas seguintes categorias: autobiografia romanceada, romance biográfico, romance histórico pós-moderno, pastiche, metaficção historiográfica e metaficção policial. AZEREDO, Genilda MANGUEIRA, José Villian 2014-08-22T01:20:13Z 2014-08-22T01:20:13Z 2014-08-21 masterThesis https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/1/11836 por Acesso Aberto application/pdf |
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Esta dissertação analisa os recursos metaficcionais nos contos e romances de Rubem
Fonseca, incluindo os que tratam de eventos e personagens históricos, fundindo, assim,
ficção e História. Para tanto, nos apoiamos em teóricos que se debruçam sobre a
metaficção, esta tendência que marca o Pós-Modernismo em literatura, a exemplo de
Linda Hutcheon (1991), Patricia Waugh (2003) e Gustavo Bernardo (2010). Um dos
escritores brasileiros mais respeitados dentro e fora de nossas fronteiras, Fonseca estreia
nos anos 1960 trilhando um caminho próprio dentro da prosa de ficção brasileira, não só
pelas narrativas violentas, faceta pela qual ele é mais conhecido, mas também pelo
caráter autorreflexivo, autoconsciente e digressivo de seus textos. Acusado de ser
repetitivo, nota-se que, se é verdade que seus personagens em geral são “tipos” (o artista
culto, o detetive, o “garanhão”), ele costuma experimentar na forma, variando os focos
narrativos de maneira a entretecer camadas narrativas e parodiar gêneros: O caso Morel,
por exemplo, é um romance policial que implode o romance policial; o conto "H.M.S.
Cormorant em Paranaguá", por seu turno, é uma homenagem à segunda geração
romântica brasileira, representada por Álvares de Azevedo, em uma conformação pós-moderna
de pastiche. A obra cinquentenária de Rubem Fonseca joga luz sobre questões
que estão na “ordem do dia”, como o tripé artista-sociedade-mercado, e introduz um
outro olhar sobre o passado histórico - incluindo a História da cultura, principalmente
da literatura. As narrativas aqui analisadas testam os limites que separam – ou não – a
ficção da dita realidade, e são por nós classificadas nas seguintes
categorias: autobiografia romanceada, romance biográfico, romance histórico pós-moderno,
pastiche, metaficção historiográfica e metaficção policial. |
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