O papel do gênero textual na variação estilística: em busca de padrões comunitários
Com base no suporte teórico fornecido pela sociolinguística variacionista, analiso os conectores sequenciadores E, AÍ e ENTÃO como variantes da “sequenciação retroativo-propulsora”, uma função...
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Publicado em: |
Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-93722017-09-14T11:45:01Z O papel do gênero textual na variação estilística: em busca de padrões comunitários Tavares, Maria Alice conectores sequenciadores gênero textual variação estilística Com base no suporte teórico fornecido pela sociolinguística variacionista, analiso os conectores sequenciadores E, AÍ e ENTÃO como variantes da “sequenciação retroativo-propulsora”, uma função gramatical que é responsável pela conexão de um enunciado precedente a um posterior, gerando a expectativa de que algo novo será introduzido no discurso, em continuidade e consonância com o que já foi dito. Os dados são provenientesde 24 entrevistas sociolinguísticas do Banco de Dados VARSUL de Florianópolis (SC) e foram submetidos ao GOLDVARB 2001. Tenho por objetivos: (i) controlar o gênero textual como índice de variação estilística entre os conectores E, AÍ e ENTÃO na comunidade de fala de Florianópolis (SC); e (ii) averiguar se há padrões comunitários de variação estilística que se mantenham constantes, independentemente do sexo e da idade dos falantes. Como principais resultados, aponto que: (i) o conector AÍ, uma variante vernacular, é favorecido na narrativa de experiência pessoal, gênero textual marcado pela informalidade; e (ii) os conectores E e ENTÃO, variantes deprestígio, são favorecidos no relato de opinião, gênero textual marcado pela formalidade. Esses padrões permanecem constantes na comunidade de fala, mesmo quando são consideradas as distribuições relativas ao sexo e à idade. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2016-03-15 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares application/pdf https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9372 Revista do GELNE; v. 14 n. 1/2 (2012); 239-257 2236-0883 por https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9372/6726 Copyright (c) 2016 Revista do GELNE |
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Com base no suporte teórico fornecido pela sociolinguística variacionista, analiso os conectores sequenciadores E, AÍ e ENTÃO como variantes da “sequenciação retroativo-propulsora”, uma função gramatical que é responsável pela conexão de um enunciado precedente a um posterior, gerando a expectativa de que algo novo será introduzido no discurso, em continuidade e consonância com o que já foi dito. Os dados são provenientesde 24 entrevistas sociolinguísticas do Banco de Dados VARSUL de Florianópolis (SC) e foram submetidos ao GOLDVARB 2001. Tenho por objetivos: (i) controlar o gênero textual como índice de variação estilística entre os conectores E, AÍ e ENTÃO na comunidade de fala de Florianópolis (SC); e (ii) averiguar se há padrões comunitários de variação estilística que se mantenham constantes, independentemente do sexo e da idade dos falantes. Como principais resultados, aponto que: (i) o conector AÍ, uma variante vernacular, é favorecido na narrativa de experiência pessoal, gênero textual marcado pela informalidade; e (ii) os conectores E e ENTÃO, variantes deprestígio, são favorecidos no relato de opinião, gênero textual marcado pela formalidade. Esses padrões permanecem constantes na comunidade de fala, mesmo quando são consideradas as distribuições relativas ao sexo e à idade. |
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