O papel do gênero textual na variação estilística: em busca de padrões comunitários

Com base no suporte teórico fornecido pela sociolinguística variacionista, analiso os conectores sequenciadores E, AÍ e ENTÃO como variantes da “sequenciação retroativo-propulsora”, uma função...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Tavares, Maria Alice
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9372
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Descrição
Resumo:Com base no suporte teórico fornecido pela sociolinguística variacionista, analiso os conectores sequenciadores E, AÍ e ENTÃO como variantes da “sequenciação retroativo-propulsora”, uma função gramatical que é responsável pela conexão de um enunciado precedente a um posterior, gerando a expectativa de que algo novo será introduzido no discurso, em continuidade e consonância com o que já foi dito. Os dados são provenientesde 24 entrevistas sociolinguísticas do Banco de Dados VARSUL de Florianópolis (SC) e foram submetidos ao GOLDVARB 2001. Tenho por objetivos: (i) controlar o gênero textual como índice de variação estilística entre os conectores E, AÍ e ENTÃO na comunidade de fala de Florianópolis (SC); e (ii) averiguar se há padrões comunitários de variação estilística que se mantenham constantes, independentemente do sexo e da idade dos  falantes. Como principais resultados, aponto que: (i) o conector AÍ, uma variante vernacular, é favorecido na narrativa de experiência pessoal, gênero textual marcado pela informalidade; e (ii) os conectores E e ENTÃO, variantes deprestígio, são favorecidos no relato de opinião, gênero textual marcado pela formalidade. Esses padrões permanecem constantes na comunidade de fala, mesmo quando são consideradas as distribuições relativas ao sexo e à idade.