Estudo dos complementos indiretos do português brasileiro: uma contribuição para o ensino

Este artigo tem por objetivo apresentar o resultado da pesquisa desenvolvida sobre ocomportamento dos complementos indiretos de verbos triargumentais, os bitransitivos, para atradição gramatical. A partir disso, gerar discussões sobre a sua relevância e de...

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Autor principal: de Liz, Lucilene Lisboa
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9340
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spelling oai:periodicos.ufrn.br:article-93402017-09-14T11:44:32Z Estudo dos complementos indiretos do português brasileiro: uma contribuição para o ensino de Liz, Lucilene Lisboa Complemento Indireto Ensino Teoria Gerativa Linguística Este artigo tem por objetivo apresentar o resultado da pesquisa desenvolvida sobre ocomportamento dos complementos indiretos de verbos triargumentais, os bitransitivos, para atradição gramatical. A partir disso, gerar discussões sobre a sua relevância e de que modo podeauxiliar no ensino de língua portuguesa, considerando-se que a motivação inicial para essapesquisa ocorreu durante o processo de ensino desses verbos. Essa motivação aconteceu dianteda observação da dificuldade encontrada pelos alunos, já no ensino médio, em distinguir umverbo triargumental (transitivo direto e indireto) de um biargumental (transitivo simples)acompanhado de um adjunto; isso porque nem sempre é claro para o falante nativo que estáestudando língua portuguesa se o elemento que ocupa a posição canônica de complementoindireto é de fato complemento do verbo. Os alunos apresentavam diferentes julgamentos notocante a quantidade de argumentos que o verbo possuía, demonstrando dúvidas em relação aoque a gramática normativa apresenta como um triargumental (bitranstivo). Nessa proposta,mostramos que a intuição dos alunos era pertinente, já que esses verbos não se apresentam demaneira uniforme. Liz (2009, 2011), mostrou que é possível identificar pelo menos duas classesde verbos triargumentais. Para tanto, partiu-se da hipótese de que as preposições seriam asresponsáveis pela diferença de comportamento dentro desta classe de verbos. Portanto, haveriareflexos diretos na sintaxe, acarretando derivações distintas. No tocante à metodologiaempregada nesta pesquisa, contou-se com coleta de dados de entrevistas do projeto VARSUL,também com dados de aquisição de linguagem e com testes de introspecção aos moldes domodelo da Gramática Gerativa, quadro teórico que serviu de amparo para esse estudo. Espera-se,neste artigo, mostrar a importância de estabelecer a interface entre os estudos dos fenômenos dalíngua pautados na hipótese inatista de aquisição de linguagem e o ensino, levando-se em contaque esse modelo teórico preocupa-se não apenas com a adequação descritiva, mas também com aadequação explicativa dos fenômenos linguísticos. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2016-03-03 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares application/pdf https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9340 Revista do GELNE; v. 13 n. 1/2 (2011); 1-10 2236-0883 por https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/9340/6694 Copyright (c) 2016 Revista do GELNE
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