O discurso televisivo: o mecanismo da participação ideológica
Nota-se, cada vez mais, que os programas instrutivos e educativos produzidos pela TV Educativa se valem das formas discursivas presentes na chamada TV Comercial e que constituem os diversos gêneros, tais quais: a Telenovela, a Reportagem, o Telejornal, os Jogos Televisivos, os “Shows”, etc. No prese...
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Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-86792019-06-27T17:02:55Z O discurso televisivo: o mecanismo da participação ideológica Campanholi, João Baptista Nota-se, cada vez mais, que os programas instrutivos e educativos produzidos pela TV Educativa se valem das formas discursivas presentes na chamada TV Comercial e que constituem os diversos gêneros, tais quais: a Telenovela, a Reportagem, o Telejornal, os Jogos Televisivos, os “Shows”, etc. No presente artigo, o autor desenvolve uma análise da estrutura discursiva da televisão, evidenciando o fenômeno do mecanismo de participação ideológica, sem a qual é impossível a compreensão e o consumo de qualquer modalidade de discurso, sejam eles: educativos, instrucionais, informativos, dramáticos, etc. Configurando-se que tal participação ideológica é anterior a qualquer outra forma de participação, seja ela psicológica ou política, o autor demonstra que o efeito de Reconhecimento/ Desconhecimento, produto e efeito do discurso ideológico (e da própria ideologia), é o elemento fundamental e indutor que leva o telespectador a se relacionar, de forma inconsciente e conivente, com o discurso televisivo, condição “sine qua non” para seu consumo. Evidencia, também, que tal processo de Reconhecimento/ Desconhecimento e de conivência se opera através da presença, nesses discursos (aliás, como em qualquer outro), de um triplo efeito resultante da narração discursiva, que, ao ser produzido, se nega como tal, dando ao discurso uma aparência de naturalidade, espontaneidade e universalidade, atributos próprios da ideologia.Desta forma, no presente artigo, exemplificando com os discursos a Telenovela e o Telejornal, o autor demonstra como pela narração televisiva, de qualquer gênero e independentemente do conteúdo expresso pelos discursos e da consciência de seus autores e de seus consumidores, é relançada, através da forma do “Personagem/ pessoa”, a imagem/ ideia do “indivíduo/ Sujeito”, alicerce da ideologia dominante. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2003-12-15 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/8679 Revista Educação em Questão; v. 14 n. 4 (2003): V. 14 a 18, n.4, jul./dez. 2001 - jan./jun. 2002 - jul./dez. 2002 - jan./jun. 2003 - jul./dez. 2003 - Edição Especial; 68-86 1981-1802 0102-7735 por https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/view/8679/6243 |
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Nota-se, cada vez mais, que os programas instrutivos e educativos produzidos pela TV Educativa se valem das formas discursivas presentes na chamada TV Comercial e que constituem os diversos gêneros, tais quais: a Telenovela, a Reportagem, o Telejornal, os Jogos Televisivos, os “Shows”, etc. No presente artigo, o autor desenvolve uma análise da estrutura discursiva da televisão, evidenciando o fenômeno do mecanismo de participação ideológica, sem a qual é impossível a compreensão e o consumo de qualquer modalidade de discurso, sejam eles: educativos, instrucionais, informativos, dramáticos, etc. Configurando-se que tal participação ideológica é anterior a qualquer outra forma de participação, seja ela psicológica ou política, o autor demonstra que o efeito de Reconhecimento/ Desconhecimento, produto e efeito do discurso ideológico (e da própria ideologia), é o elemento fundamental e indutor que leva o telespectador a se relacionar, de forma inconsciente e conivente, com o discurso televisivo, condição “sine qua non” para seu consumo. Evidencia, também, que tal processo de Reconhecimento/ Desconhecimento e de conivência se opera através da presença, nesses discursos (aliás, como em qualquer outro), de um triplo efeito resultante da narração discursiva, que, ao ser produzido, se nega como tal, dando ao discurso uma aparência de naturalidade, espontaneidade e universalidade, atributos próprios da ideologia.Desta forma, no presente artigo, exemplificando com os discursos a Telenovela e o Telejornal, o autor demonstra como pela narração televisiva, de qualquer gênero e independentemente do conteúdo expresso pelos discursos e da consciência de seus autores e de seus consumidores, é relançada, através da forma do “Personagem/ pessoa”, a imagem/ ideia do “indivíduo/ Sujeito”, alicerce da ideologia dominante. |
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