SAINSBURY E A TESE DA IMERSÃO LINGÜÍSTICA
No artigo Understanding as immersion R. M. Sainsbury apresenta alguns argumentos contra a tese de que os seres humanos possuem capacidades cognitivas que possam ser satisfatoriamente caracterizadas como conhecimento tácito de uma linguagem natural. Ou melhor, Sainsbury nega que exista alg...
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Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-8442012-01-25T18:55:09Z SAINSBURY E A TESE DA IMERSÃO LINGÜÍSTICA Silva, Adriano Marques da No artigo Understanding as immersion R. M. Sainsbury apresenta alguns argumentos contra a tese de que os seres humanos possuem capacidades cognitivas que possam ser satisfatoriamente caracterizadas como conhecimento tácito de uma linguagem natural. Ou melhor, Sainsbury nega que exista algum critério náo convencional que permita definir a relaçáo entre os falantes e o sistema abstrato de regras que caracteriza sua língua materna. Segundo Sainsbury, o processo de imersáo em uma comunidade linguística fornece todas as condições, necessárias e suficientes, para explicar o tipo de relaçáo existente entre um falante individual e o sistema de regras de uma língua natural. Nesta comunicaçáo visamos discutir os argumentos apresentados por Sainsbury e buscaremos mostrar que eles náo estabelecem a tese da imersáo lingüística. Sugerimos que, embora náo seja plausível definir o conhecimento lingüístico como uma relaçáo proposicional (i.e. uma relaçáo entre falante e entidades abstratas que independem dos falantes), náo se segue que náo exista conhecimento da linguagem natural. Argumentamos que esse conhecimento pode ser definido, grosso modo, como uma propriedade, ou melhor, como conhecimento disposicional dos padrões de processamento de inputs linguísticos. Por fim, salientamos a importância do emprego de uma metalinguagem técnica para representar os fenômenos presentes no processamento linguístico. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2010-12-22 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/844 Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação; No Esp. (2010): Saberes: Filosofia e Educação 1984-3879 por https://periodicos.ufrn.br/saberes/article/view/844/778 Copyright (c) 2014 Saberes: Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação |
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No artigo Understanding as immersion R. M. Sainsbury apresenta alguns argumentos contra a tese de que os seres humanos possuem capacidades cognitivas que possam ser satisfatoriamente caracterizadas como conhecimento tácito de uma linguagem natural. Ou melhor, Sainsbury nega que exista algum critério náo convencional que permita definir a relaçáo entre os falantes e o sistema abstrato de regras que caracteriza sua língua materna. Segundo Sainsbury, o processo de imersáo em uma comunidade linguística fornece todas as condições, necessárias e suficientes, para explicar o tipo de relaçáo existente entre um falante individual e o sistema de regras de uma língua natural. Nesta comunicaçáo visamos discutir os argumentos apresentados por Sainsbury e buscaremos mostrar que eles náo estabelecem a tese da imersáo lingüística. Sugerimos que, embora náo seja plausível definir o conhecimento lingüístico como uma relaçáo proposicional (i.e. uma relaçáo entre falante e entidades abstratas que independem dos falantes), náo se segue que náo exista conhecimento da linguagem natural. Argumentamos que esse conhecimento pode ser definido, grosso modo, como uma propriedade, ou melhor, como conhecimento disposicional dos padrões de processamento de inputs linguísticos. Por fim, salientamos a importância do emprego de uma metalinguagem técnica para representar os fenômenos presentes no processamento linguístico. |
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