COLETORAS DE SEMENTES DO TAPAJÓS: Mulheres, saberes práticos, relações de gênero e a floresta
Este artigo procura investigar o papel das mulheres coletoras de sementes na construção de saberes práticos a partir do contato cotidiano com a floresta, tendo como démarche as relações de gênero como ponto nodal para a elaboração desse saber. O locus da pesquisa é a comunidade do Maguari, localizad...
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Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-68062021-02-24T21:27:55Z COLETORAS DE SEMENTES DO TAPAJÓS: Mulheres, saberes práticos, relações de gênero e a floresta da Silva, Rubens Elias Mulheres. Saberes práticos. Gênero. Este artigo procura investigar o papel das mulheres coletoras de sementes na construção de saberes práticos a partir do contato cotidiano com a floresta, tendo como démarche as relações de gênero como ponto nodal para a elaboração desse saber. O locus da pesquisa é a comunidade do Maguari, localizada no interior da Floresta Nacional do Tapajós, no município de Belterra, oeste do Pará. As coletoras de sementes desempenham o papel de apreender, dominar e usufruir os recursos disponíveis na floresta. Esse papel efetiva-se num saber-fazer transmitido ao longo de gerações de mulheres coletoras, pois o contato estreito com a mesma, cunha a identidade do grupo social e lhes confere sentido de ser e existir. A propriedade comunitária da floresta – segundo observação em campo – passa a ser constituída através de relações sociais de cooperação entre mateiros e coletoras de sementes. Essa associação é fundamental para que o trabalho de coleta se efetive e possa oferecer a entrada de capital necessário para a reprodução social e, também, assegure a permanência de populações vivendo dentro da floresta. A partir do que foi visto em campo, as diferenciações existentes nas relações de gênero emergem no sentido prático de tornar exequível as tarefas de trabalho dentro da floresta, eclodindo em estratégias sociais eficientes de cooperação entre gêneros. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2015-03-12 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/6806 Vivência: Revista de Antropologia; v. 1 n. 43 (2014) 2238-6009 por https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/6806/5241 Copyright (c) 2015 Vivência: Revista de Antropologia |
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Este artigo procura investigar o papel das mulheres coletoras de sementes na construção de saberes práticos a partir do contato cotidiano com a floresta, tendo como démarche as relações de gênero como ponto nodal para a elaboração desse saber. O locus da pesquisa é a comunidade do Maguari, localizada no interior da Floresta Nacional do Tapajós, no município de Belterra, oeste do Pará. As coletoras de sementes desempenham o papel de apreender, dominar e usufruir os recursos disponíveis na floresta. Esse papel efetiva-se num saber-fazer transmitido ao longo de gerações de mulheres coletoras, pois o contato estreito com a mesma, cunha a identidade do grupo social e lhes confere sentido de ser e existir. A propriedade comunitária da floresta – segundo observação em campo – passa a ser constituída através de relações sociais de cooperação entre mateiros e coletoras de sementes. Essa associação é fundamental para que o trabalho de coleta se efetive e possa oferecer a entrada de capital necessário para a reprodução social e, também, assegure a permanência de populações vivendo dentro da floresta. A partir do que foi visto em campo, as diferenciações existentes nas relações de gênero emergem no sentido prático de tornar exequível as tarefas de trabalho dentro da floresta, eclodindo em estratégias sociais eficientes de cooperação entre gêneros. |
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