CORPOS DIGITAIS E MELANCÓLICOS EM "ELA", DE SPIKE JONZE
Um futuro distópico em que a fronteira entre cérebro humano e máquina se dissipa é um dos temas recorrentes da ficção científica cinematográfica, desde seus primórdios. Em filmes como Metrópolis (Fritz Lang, 1927), a máquina é um duplo perverso, criado à imagem da heroína Maria, que desencadeia a re...
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UFRN
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oai:periodicos.ufrn.br:article-64682016-08-19T18:53:25Z CORPOS DIGITAIS E MELANCÓLICOS EM "ELA", DE SPIKE JONZE Dantas, Daiany Ferreira Um futuro distópico em que a fronteira entre cérebro humano e máquina se dissipa é um dos temas recorrentes da ficção científica cinematográfica, desde seus primórdios. Em filmes como Metrópolis (Fritz Lang, 1927), a máquina é um duplo perverso, criado à imagem da heroína Maria, que desencadeia a revolução entre os dois patamares da cidade futurista, alto e baixo, que também demarcam classes sociais distintas. A priori, teme-se que a inteligência artificial exerça supremacia, usurpando o protagonismo social dos humanos. A partir de 2001, uma odisséia no espaço (Stanley Kubrick, 1968), no entanto, as máquinas pensantes, nos filmes, revelam-se menos ameaçadoras e mais uma metáfora vívida da consciência mecânica das civilizações industrializadas. Para pesquisadores como Harvey (1996), encarnam o pânico de uma sociedade pós-moderna, diante da sujeição às exigências do trabalho e do consumo. UFRN 2014-12-26 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6468 Revista Inter-Legere; n. 15 (2014): DROGAS, POLÍTICAS E CULTURAS; 358-361 1982-1662 por https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6468/5016 Copyright (c) 2015 Revista Inter-Legere |
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Portal de Pediódicos Eletrônicos da UFRN |
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Um futuro distópico em que a fronteira entre cérebro humano e máquina se dissipa é um dos temas recorrentes da ficção científica cinematográfica, desde seus primórdios. Em filmes como Metrópolis (Fritz Lang, 1927), a máquina é um duplo perverso, criado à imagem da heroína Maria, que desencadeia a revolução entre os dois patamares da cidade futurista, alto e baixo, que também demarcam classes sociais distintas. A priori, teme-se que a inteligência artificial exerça supremacia, usurpando o protagonismo social dos humanos. A partir de 2001, uma odisséia no espaço (Stanley Kubrick, 1968), no entanto, as máquinas pensantes, nos filmes, revelam-se menos ameaçadoras e mais uma metáfora vívida da consciência mecânica das civilizações industrializadas. Para pesquisadores como Harvey (1996), encarnam o pânico de uma sociedade pós-moderna, diante da sujeição às exigências do trabalho e do consumo. |
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