DROGAS E LIBERDADES: PONDERAÇÕES SOBRE A REDUÇÃO DE DANOS E SUAS GOVERNAMENTALIDADES

No final da década de 1980 surgem, no Brasil, as políticas de Redução de Danos que propõem um novo olhar sobre os indivíduos que fazem uso de substâncias psicoativas, tanto lícitas quanto ilícitas. Aqueles, que antes eram estigmatizados como criminosos e/ou doentes, passaram a ser reconhecidos como...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Rosa, Pablo Ornelas
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6382
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Descrição
Resumo:No final da década de 1980 surgem, no Brasil, as políticas de Redução de Danos que propõem um novo olhar sobre os indivíduos que fazem uso de substâncias psicoativas, tanto lícitas quanto ilícitas. Aqueles, que antes eram estigmatizados como criminosos e/ou doentes, passaram a ser reconhecidos como sujeitos de direito através do acesso aos programas de saúde disponibilizados pelo Estado. Não obstante, naquele momento também emergiram certas tecnologias de poder iniciadas séculos atrás por meio das verdades médicas, que passaram a capturar os indivíduos através de dispositivos de normalização e de segurança que governamentalizaram a população em tudo aquilo que se refere às substâncias psicoativas. Este trabalho procura analisar as formas com que as políticas de redução de danos capturam os indivíduos pelos discursos da saúde e da segurança pública, resultando em uma biopolítica situada em transformações decorrentes da racionalidade neoliberal.