QUEM A HOMOFOBIA MATA?

O presente trabalho, ao tratar das estatísticas dos crimes de homofobia, tem a proposta de problematizar a grande diferença entre o número de homicídios de gays e lésbicas no Brasil, sendo o primeiro exacerbadamente maior que o segundo. Para tal propósito, o trabalho se divide em dois principais mov...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Silva Oliveira, Rayane Dayse da, Almeida Nunes, Kenia
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6201
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
id oai:periodicos.ufrn.br:article-6201
record_format ojs
spelling oai:periodicos.ufrn.br:article-62012016-04-12T16:58:13Z QUEM A HOMOFOBIA MATA? Silva Oliveira, Rayane Dayse da Almeida Nunes, Kenia Heteronormatividade. Homofobia. Masculinidade. Violência. O presente trabalho, ao tratar das estatísticas dos crimes de homofobia, tem a proposta de problematizar a grande diferença entre o número de homicídios de gays e lésbicas no Brasil, sendo o primeiro exacerbadamente maior que o segundo. Para tal propósito, o trabalho se divide em dois principais movimentos, no primeiro, é exposta uma breve consideração acerca da construção dos gêneros, papéis sociais com base no sexo e sua hierarquização valorativa, por conseguinte mostra-se como é produzida a heterossexualidade enquanto única forma legítima de expressão da identidade sexual e do gênero; o segundo movimento consiste na parte mais densa e central do trabalho, é nela que são propostas as hipóteses relativas à compreensão das estatísticas dos homicídios por homofobia no Brasil, a partir dos dados levantados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), essas estatísticas são pensadas como consequências do arranjo hierárquico da construção binária dos gêneros e das sexualidades, que fixam e naturalizam representações, e engendram três principais questões que, são postas no trabalho como hipóteses, com vistas à compreensão dos dados relativos aos assassinatos de homossexuais no Brasil, sendo estas: a supervalorização e expectativa sobre o masculino, que implica em aversão, rejeição e secundarização do feminino, além do binarismo valorativo dos gêneros, que, gera e naturaliza a ideia de sexualidade dissidente como a fuga do gênero “natural”; a permissividade social de demonstração de afeto entre mulheres e a negação dessa expressividade aos homens; e ainda o modo como homens e mulheres (hetero ou homossexuais) fazem uso do espaço público, devido à construção dos gêneros e papéis sociais. UFRN 2016-04-11 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares application/pdf https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6201 Revista Inter-Legere; n. 16 (2015): DOSSIÊ TRANSDISCIPLINARIDADE; 257-273 1982-1662 por https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6201/6364 Copyright (c) 2016 Revista Inter-Legere
institution Periódicos UFRN
collection Portal de Pediódicos Eletrônicos da UFRN
language por
format Online
author Silva Oliveira, Rayane Dayse da
Almeida Nunes, Kenia
spellingShingle Silva Oliveira, Rayane Dayse da
Almeida Nunes, Kenia
QUEM A HOMOFOBIA MATA?
author_facet Silva Oliveira, Rayane Dayse da
Almeida Nunes, Kenia
author_sort Silva Oliveira, Rayane Dayse da
title QUEM A HOMOFOBIA MATA?
title_short QUEM A HOMOFOBIA MATA?
title_full QUEM A HOMOFOBIA MATA?
title_fullStr QUEM A HOMOFOBIA MATA?
title_full_unstemmed QUEM A HOMOFOBIA MATA?
title_sort quem a homofobia mata?
description O presente trabalho, ao tratar das estatísticas dos crimes de homofobia, tem a proposta de problematizar a grande diferença entre o número de homicídios de gays e lésbicas no Brasil, sendo o primeiro exacerbadamente maior que o segundo. Para tal propósito, o trabalho se divide em dois principais movimentos, no primeiro, é exposta uma breve consideração acerca da construção dos gêneros, papéis sociais com base no sexo e sua hierarquização valorativa, por conseguinte mostra-se como é produzida a heterossexualidade enquanto única forma legítima de expressão da identidade sexual e do gênero; o segundo movimento consiste na parte mais densa e central do trabalho, é nela que são propostas as hipóteses relativas à compreensão das estatísticas dos homicídios por homofobia no Brasil, a partir dos dados levantados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), essas estatísticas são pensadas como consequências do arranjo hierárquico da construção binária dos gêneros e das sexualidades, que fixam e naturalizam representações, e engendram três principais questões que, são postas no trabalho como hipóteses, com vistas à compreensão dos dados relativos aos assassinatos de homossexuais no Brasil, sendo estas: a supervalorização e expectativa sobre o masculino, que implica em aversão, rejeição e secundarização do feminino, além do binarismo valorativo dos gêneros, que, gera e naturaliza a ideia de sexualidade dissidente como a fuga do gênero “natural”; a permissividade social de demonstração de afeto entre mulheres e a negação dessa expressividade aos homens; e ainda o modo como homens e mulheres (hetero ou homossexuais) fazem uso do espaço público, devido à construção dos gêneros e papéis sociais.
publisher UFRN
publishDate 2016
url https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6201
work_keys_str_mv AT silvaoliveirarayanedayseda quemahomofobiamata
AT almeidanuneskenia quemahomofobiamata
_version_ 1766682880342228992

Registros relacionados