QUEM A HOMOFOBIA MATA?

O presente trabalho, ao tratar das estatísticas dos crimes de homofobia, tem a proposta de problematizar a grande diferença entre o número de homicídios de gays e lésbicas no Brasil, sendo o primeiro exacerbadamente maior que o segundo. Para tal propósito, o trabalho se divide em dois principais mov...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Silva Oliveira, Rayane Dayse da, Almeida Nunes, Kenia
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6201
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Descrição
Resumo:O presente trabalho, ao tratar das estatísticas dos crimes de homofobia, tem a proposta de problematizar a grande diferença entre o número de homicídios de gays e lésbicas no Brasil, sendo o primeiro exacerbadamente maior que o segundo. Para tal propósito, o trabalho se divide em dois principais movimentos, no primeiro, é exposta uma breve consideração acerca da construção dos gêneros, papéis sociais com base no sexo e sua hierarquização valorativa, por conseguinte mostra-se como é produzida a heterossexualidade enquanto única forma legítima de expressão da identidade sexual e do gênero; o segundo movimento consiste na parte mais densa e central do trabalho, é nela que são propostas as hipóteses relativas à compreensão das estatísticas dos homicídios por homofobia no Brasil, a partir dos dados levantados pelo GGB (Grupo Gay da Bahia), essas estatísticas são pensadas como consequências do arranjo hierárquico da construção binária dos gêneros e das sexualidades, que fixam e naturalizam representações, e engendram três principais questões que, são postas no trabalho como hipóteses, com vistas à compreensão dos dados relativos aos assassinatos de homossexuais no Brasil, sendo estas: a supervalorização e expectativa sobre o masculino, que implica em aversão, rejeição e secundarização do feminino, além do binarismo valorativo dos gêneros, que, gera e naturaliza a ideia de sexualidade dissidente como a fuga do gênero “natural”; a permissividade social de demonstração de afeto entre mulheres e a negação dessa expressividade aos homens; e ainda o modo como homens e mulheres (hetero ou homossexuais) fazem uso do espaço público, devido à construção dos gêneros e papéis sociais.