Le Fate Ignoranti: a sexualidade levada a sério

O presente artigo busca analisar algumas construções de gênero e de sexualidadeapresentadas no filme Le Fate Ignoranti, dirigido por Ferzan Ozpetek (2001). Apoiadanos estudos de gênero numa perspectiva pós-estruturalista e inspirada na “etnografia detela” como recurso metodológico, suponho que press...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Abel Balestrin, Patrícia
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: EDUFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/5376
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Descrição
Resumo:O presente artigo busca analisar algumas construções de gênero e de sexualidadeapresentadas no filme Le Fate Ignoranti, dirigido por Ferzan Ozpetek (2001). Apoiadanos estudos de gênero numa perspectiva pós-estruturalista e inspirada na “etnografia detela” como recurso metodológico, suponho que pressupostos, crenças e valorespautados numa lógica heteronormativa são desestabilizados ao longo da narrativafílmica, colocando sob suspeita algumas noções essencialistas em torno do gênero, dasexualidade e das identidades. Somos convidados/as a acompanhar a trajetória daprotagonista e, juntamente com ela, nos surpreendemos com a imprevisibilidade davida, dos desejos e das paixões. Considero que Le Fate Ignoranti leva a sexualidade asério, porque torna visível a instabilidade e a provisoriedade das identidades, bem comoressignifica os processos de fabricação dos corpos generificados, subvertendo a ordemdo gênero e da sexualidade. No entanto é preciso lembrar que os movimentos deresistência e subversão não são absolutos e definitivos. As cenas finais do filme, comtomadas da Parada Gay de Roma, alertam que, fora da tela de Ozpetek, ainda há muitopelo que lutar e para transformar em nossa sociedade que, em muitos contextos, aindanão deixou de ser homofóbica, misógina e sexista.