RUBEM ALVES, UMA TRAJETÓRIA DE GESTOS POÉTICOS

Este texto aborda a nossa investigação sobre a trajetória de Rubem Alves (1933 - ), teólogo, escritor e educador brasileiro. Nela buscamos evidenciar, com auxílio teórico-metodológico e epistemológico das Ciências Sociais e de modo especial da Antropologia, as “tramas afetivas” que permitem a emergê...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Anaxsuell Fernando da
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4630
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Descrição
Resumo:Este texto aborda a nossa investigação sobre a trajetória de Rubem Alves (1933 - ), teólogo, escritor e educador brasileiro. Nela buscamos evidenciar, com auxílio teórico-metodológico e epistemológico das Ciências Sociais e de modo especial da Antropologia, as “tramas afetivas” que permitem a emergência de três dimensões fundamentais da sua vida e obra: teologia, ciência e arte. Interessa-nos além da sua imensa produção bibliográfica, a relação dessas com sua vida. O objetivo é compor sua trajetória de vida a partir, tanto da sua própria narrativa, presente em seus relatos pessoais fragmentados na sua vasta obra, quanto por meio de documentos obtidos em pesquisas de campo relativos ao seu exercício profissional docente e religioso pastoral, além de considerar posições de personagens que conviveram com ele ao longo desse itinerário. Este trabalho é, pois, parte da tentativa de etnografar, isto é, tecer, um conjunto de "gestos poéticos" articulando-os com relatos históricos e afetivos acerca do pesquisado. Compreendemos, assim como Paul Ricoeur que o imaginário representa ponto nodal para a construção da história, pois para relacionar o tempo vivido ao tempo do mundo seria necessário construir conectores para manejar essa relação. Aos conectores seria assegurada a virtude de tornarem o tempo legível aos olhos humanos, tal qual faz o calendário. Nesse sentido, história e ficção, ambas matrizes de pensamento recorrem às mediações imaginárias na refiguração do tempo, o que justifica, por exemplo, os empréstimos tomados da literatura pela história, quanto aos modos de discurso que apresentam.