As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil
O presente artigo discute as consequências sociais do avanço tecnológico para o trabalho no setor bancário. Inegavelmente, a tendência de substituição do trabalho vivo pelo trabalho morto na produção, antevista por Karl Marx nos Grundrisse, acirra-se, de forma radical, a partir da incorporação dos a...
Na minha lista:
Autor principal: | |
---|---|
Formato: | Online |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
|
Endereço do item: | https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3157 |
Tags: |
Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
|
id |
oai:periodicos.ufrn.br:article-3157 |
---|---|
record_format |
ojs |
spelling |
oai:periodicos.ufrn.br:article-31572017-09-28T12:29:32Z As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil Júlio Ramon Teles da, Ponte O presente artigo discute as consequências sociais do avanço tecnológico para o trabalho no setor bancário. Inegavelmente, a tendência de substituição do trabalho vivo pelo trabalho morto na produção, antevista por Karl Marx nos Grundrisse, acirra-se, de forma radical, a partir da incorporação dos avanços tecnológicos da Terceira Revolução Técnica. De forma análoga, o setor financeiro passa a incorporar gradativamente as inovações técnicas da microeletrônica, fazendo emergir um incomensurável esqueleto automatizado no universo bancário. Essas incorporações dos avanços tecnológicos, ao serem absorvidas pelo capital rentista, impulsionaram uma explicitação da “força-de-trabalho” bancária crescentemente supérflua. Assim, a partir dos anos oitenta do século passado, o setor bancário brasileiro passa a demitir anualmente inúmeras centenas de bancários, contribuindo para o agravamento do drama social do desemprego em massa. Neste cenário, emerge um perfil para o “novo bancário” voltado para as vendas e intermediações financeiras objetivando a rentabilidade exigida pelo setor. Com a crescente automação do capital financeiro, as rotinas bancárias mecanizadas são incorporadas, intensamente, pelo maquinário informatizado. Em verdade, esse processo de automação bancária, impulsiona uma dinâmica de “qualificação-desqualificante” adaptada ao setor bancário, como expressão de um novo saber-fazer fragmentado e simplificado no universo dos bancos. Esse processo contínuo de substituição do trabalho vivo pelo trabalho objetivado na esfera financeira aponta para uma tendência de subsunção real do trabalho vivo bancário ao capital rentista, sem que haja possibilidades de retorno. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2015-05-19 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3157 Revista Cronos; v. 14 n. 1 (2013): Dossiê Socialismo 1982-5560 1518-0689 por https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3157/5285 Copyright (c) 2015 Revista Cronos |
institution |
Periódicos UFRN |
collection |
Portal de Pediódicos Eletrônicos da UFRN |
language |
por |
format |
Online |
author |
Júlio Ramon Teles da, Ponte |
spellingShingle |
Júlio Ramon Teles da, Ponte As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil |
author_facet |
Júlio Ramon Teles da, Ponte |
author_sort |
Júlio Ramon Teles da, Ponte |
title |
As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil |
title_short |
As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil |
title_full |
As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil |
title_fullStr |
As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil |
title_full_unstemmed |
As Consequências Sociais do Avanço Tecnológico no Capital Rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no Brasil |
title_sort |
as consequências sociais do avanço tecnológico no capital rentista: a precarização e a simplificação do trabalhado bancário contemporâneo no brasil |
description |
O presente artigo discute as consequências sociais do avanço tecnológico para o trabalho no setor bancário. Inegavelmente, a tendência de substituição do trabalho vivo pelo trabalho morto na produção, antevista por Karl Marx nos Grundrisse, acirra-se, de forma radical, a partir da incorporação dos avanços tecnológicos da Terceira Revolução Técnica. De forma análoga, o setor financeiro passa a incorporar gradativamente as inovações técnicas da microeletrônica, fazendo emergir um incomensurável esqueleto automatizado no universo bancário. Essas incorporações dos avanços tecnológicos, ao serem absorvidas pelo capital rentista, impulsionaram uma explicitação da “força-de-trabalho” bancária crescentemente supérflua. Assim, a partir dos anos oitenta do século passado, o setor bancário brasileiro passa a demitir anualmente inúmeras centenas de bancários, contribuindo para o agravamento do drama social do desemprego em massa. Neste cenário, emerge um perfil para o “novo bancário” voltado para as vendas e intermediações financeiras objetivando a rentabilidade exigida pelo setor. Com a crescente automação do capital financeiro, as rotinas bancárias mecanizadas são incorporadas, intensamente, pelo maquinário informatizado. Em verdade, esse processo de automação bancária, impulsiona uma dinâmica de “qualificação-desqualificante” adaptada ao setor bancário, como expressão de um novo saber-fazer fragmentado e simplificado no universo dos bancos. Esse processo contínuo de substituição do trabalho vivo pelo trabalho objetivado na esfera financeira aponta para uma tendência de subsunção real do trabalho vivo bancário ao capital rentista, sem que haja possibilidades de retorno. |
publisher |
Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN |
publishDate |
2015 |
url |
https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3157 |
work_keys_str_mv |
AT julioramontelesdaponte asconsequenciassociaisdoavancotecnologiconocapitalrentistaaprecarizacaoeasimplificacaodotrabalhadobancariocontemporaneonobrasil |
_version_ |
1766682212163387392 |