A EPISTEMOLOGIA DO SEGUNDO ARMÁRIO: CANAIS DE GAYS HIV+ NO YOUTUBE COMO ARTEFATOS PEDAGÓGICOS

Este artigo objetiva analisar a experiência do “segundo armário” a partir dos conteúdos de três canais sobre HIV- AIDS do YouTube criados por jovens brasileiros assumidamente soropositivos e gays. Eles são tomados enquanto artefatos culturais, isto é, propositores de currículos e pedagogias culturai...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Duque, Tiago, Seffner, Fernando
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/30036
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Descrição
Resumo:Este artigo objetiva analisar a experiência do “segundo armário” a partir dos conteúdos de três canais sobre HIV- AIDS do YouTube criados por jovens brasileiros assumidamente soropositivos e gays. Eles são tomados enquanto artefatos culturais, isto é, propositores de currículos e pedagogias culturais. O “segundo armário” é entendido como um regime de visibilidade. Diferente do “armário gay”, o primeiro, focado na sexualidade, este segundo envolve o conhecimento sobre a soropositividade para o HIV. Metodologicamente utilizou-se de etnografia on-line, sendo empregado o preenchimento de fichas, uma espécie de caderno de campo, para cada um dos vídeos assistidos dos três canais e os comentários da audiência de cada um deles. A discussão teórica foi feita a partir de teorias pós-críticas. Conclui-se que a era digital permite a produção curricular-pedagógica do HIV-AIDS ainda marcada por estigmas, mesmo com os avanços no campo dos antirretrovirais. Além disso, conclui-se que essa produção dos artefatos envolve pessoas de diferentes perfis identitários. Chama-se a atenção para a necessidade de um retorno à discussão das vulnerabilidades em meio às conquistas fármaco-tecnológicas e à valorizada visibilidade digital das pessoas vivendo com HIV e de sua audiência.