“É como perder uma biblioteca que ensinava a todos”: biopoder, bio(necro)política e população indígena na Amazônia brasileira em discursos sobre a pandemia da covid-19

Este trabalho focaliza a pandemia de Covid-19, quando discursivizada pela mídia virtual, no que concerne às estratégias (bio)políticas e/ou necropolíticas emanadas da governança nacional em relação aos povos originários (indígenas) amazônicos, assim como a ribeirinhos e demais populações inseridas n...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Fonseca Araújo , Israel, Vieira da Silva, Francisco
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/24655
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Descrição
Resumo:Este trabalho focaliza a pandemia de Covid-19, quando discursivizada pela mídia virtual, no que concerne às estratégias (bio)políticas e/ou necropolíticas emanadas da governança nacional em relação aos povos originários (indígenas) amazônicos, assim como a ribeirinhos e demais populações inseridas nesses territórios. A partir do esforço em articular as perspectivas teóricas de Michel Foucault (2005; 2009; 2012) acerca do biopoder, da biopolítica e da governamentalidade, e a necropolítica com as teorizações de Achille Mbembe (2016), analisamos um conjunto de seis publicações da mídia virtual, com vistas a perscrutar o modo de funcionamento de estratégias políticas de governamento da população que dão a conhecer as relações de poder-saber direcionadas a esses sujeitos da Amazônia brasileira. Sobre a metodologia, convém frisar que se trata de um estudo descritivo-interpretativo, de abordagem qualitativa. Pontuam-se que as táticas biopolíticas empreendidas em mira dos povos indígenas se efetivam enquanto uma questão de “racismo de Estado”, de assunção da vida pelo poder estatal, dispositivo que se assemelha a uma tática de guerra.