O estatuto morfossintático dos prefixos negativos des- e in- em português

A natureza dos afixos derivacionais tem sido um ponto de debate na Morfologia Distribuída. Há autores como Marantz (1997; 2001) e Marvin (2003) que defendem que os afixos constituem morfemas funcionais que funcionam como categorizadores. Já outros autores, como De Belder (2011) e Lowenstamm (2014),...

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Detalhes bibliográficos
Principais autores: Scher, Ana Paula, Monteiro, Beatrice Nascimento
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/23272
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Descrição
Resumo:A natureza dos afixos derivacionais tem sido um ponto de debate na Morfologia Distribuída. Há autores como Marantz (1997; 2001) e Marvin (2003) que defendem que os afixos constituem morfemas funcionais que funcionam como categorizadores. Já outros autores, como De Belder (2011) e Lowenstamm (2014), contrapõem-se a essa perspectiva, defendendo que os afixos derivacionais constituem raízes, e não morfemas funcionais. Creemers et al. (2018) inserem-se na discussão, elaborando uma proposta conciliadora: alguns afixos derivacionais funcionam como raízes, enquanto outros seriam morfemas funcionais categorizadores. O presente trabalho busca discutir o estatuto morfossintático de dois prefixos negativos de grande produtividade no português: des- e in-. Esses prefixos são analisados a partir dos critérios estabelecidos por Creemers et. al. (2018), para a distinção entre afixos e raízes. Os resultados da análise demonstram que os prefixos des- e in- não se enquadram nos tipos propostos por Creemers et al., uma vez que esses afixos não constituem raízes ou categorizadores, propriamente. Antes, apresentam propriedades de um núcleo funcional, tal como NEG.