Jean Genet, nem santo, nem mártir, o lírico de si (para uma poética homoerótica)

Este artigo discute os papéis de ator, santo ou mártir atribuídos a Jean Genet – cunhado como o poeta do crime e da homossexualidade – pela monumental crítica de Jean-Paul Sartre, publicada em 1952, sem pretender ating...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Sousa, Ilza Matias de
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: EDUFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2319
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Descrição
Resumo:Este artigo discute os papéis de ator, santo ou mártir atribuídos a Jean Genet – cunhado como o poeta do crime e da homossexualidade – pela monumental crítica de Jean-Paul Sartre, publicada em 1952, sem pretender atingir um caráter de revisão dessa obra. Tal procedimento permite efetuar deslocamentos desidentificatórios através da exorbitante singularidade  seminal  genetiana,  feita  de  disparates,  dispersão  e  rupturas,  que incorpora ao mesmo tempo a abjeção e o lirismo na linguagem, revestindo-a de uma aguçada dessublimação. Ao estabelecer no autor a inscrição do lírico de si no próprio corpus de sua escritura e em sua intricada perversão, circunscreve-se uma genealogia homoerótica,  ou  a  construção  de  uma  gene(t)ologia  homossexual,  radicalmente disjuntiva e dissociada dos pedestais e da veneração de grande vulto dado no jogo consolador do reconhecimento de identidades e pertenças.