CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA
Este artigo pretende analisar a prática ritual do catimbó e da jurema entre o povo Potiguara, que se localiza no litoral do Estado da Paraíba (Brasil), com o intuito de apontar para a articulação de tais práticas com o ritual do toré, tendo como pano de fundo a concepção nativa de encantado. Os Poti...
Na minha lista:
Autor principal: | |
---|---|
Formato: | Online |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
|
Endereço do item: | https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/21126 |
Tags: |
Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
|
id |
oai:periodicos.ufrn.br:article-21126 |
---|---|
record_format |
ojs |
spelling |
oai:periodicos.ufrn.br:article-211262021-02-24T21:27:33Z CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA Vieira , José Glebson Este artigo pretende analisar a prática ritual do catimbó e da jurema entre o povo Potiguara, que se localiza no litoral do Estado da Paraíba (Brasil), com o intuito de apontar para a articulação de tais práticas com o ritual do toré, tendo como pano de fundo a concepção nativa de encantado. Os Potiguara de?nem os encantados como sendo os habitantes de locais especí?cos como a mata e os fundos e os de?nem pelo atributo da invisibilidade e por dois predicados especí?cos: a humanidade e a imortalidade. Em suas práticas rituais, os pajés, os mestres do toré e os especialistas do catimbó acionam entidades espirituais que estão presentes no culto da jurema (como mestres e caboclos), entidades do catolicismo (santos). A centralidade da jurema e a presença de entidades das religiosidades afro-brasileiras em tais práticas propiciam o uso pejorativo do termo catimbozeiro para classi?car os especialistas rituais. Esses dialogam com os encantados através de viagens e da incorporação espiritual por meio de melodias, que são chamamentos para “fazer o trabalho”, de orações fortes e do uso da defumação com fumo e que estão presentes em maior ou menor expressividade no toré. O toré é concebido e vivido como brincadeira, como ritual e como guerra contra o visível e o invisível, o que remete às operações de tradução, mediação e cura, e indica uma efetiva combinação com novas técnicas disponíveis e as possibilidades de agenciamento de humanos e entidades encantadas e espirituais. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2020-05-29 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/21126 Vivência: Revista de Antropologia; v. 1 n. 54 (2019) 2238-6009 10.21680/2238-6009.2019v1n54 por https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/21126/12803 Copyright (c) 2020 Vivência: Revista de Antropologia |
institution |
Periódicos UFRN |
collection |
Portal de Pediódicos Eletrônicos da UFRN |
language |
por |
format |
Online |
author |
Vieira , José Glebson |
spellingShingle |
Vieira , José Glebson CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA |
author_facet |
Vieira , José Glebson |
author_sort |
Vieira , José Glebson |
title |
CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA |
title_short |
CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA |
title_full |
CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA |
title_fullStr |
CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA |
title_full_unstemmed |
CATIMBÓ E TORÉ: PRÁTICAS RITUAIS E XAMANISMO DO POVO POTIGUARA DA PARAÍBA |
title_sort |
catimbó e toré: práticas rituais e xamanismo do povo potiguara da paraíba |
description |
Este artigo pretende analisar a prática ritual do catimbó e da jurema entre o povo Potiguara, que se localiza no litoral do Estado da Paraíba (Brasil), com o intuito de apontar para a articulação de tais práticas com o ritual do toré, tendo como pano de fundo a concepção nativa de encantado. Os Potiguara de?nem os encantados como sendo os habitantes de locais especí?cos como a mata e os fundos e os de?nem pelo atributo da invisibilidade e por dois predicados especí?cos: a humanidade e a imortalidade. Em suas práticas rituais, os pajés, os mestres do toré e os especialistas do catimbó acionam entidades espirituais que estão presentes no culto da jurema (como mestres e caboclos), entidades do catolicismo (santos). A centralidade da jurema e a presença de entidades das religiosidades afro-brasileiras em tais práticas propiciam o uso pejorativo do termo catimbozeiro para classi?car os especialistas rituais. Esses dialogam com os encantados através de viagens e da incorporação espiritual por meio de melodias, que são chamamentos para “fazer o trabalho”, de orações fortes e do uso da defumação com fumo e que estão presentes em maior ou menor expressividade no toré. O toré é concebido e vivido como brincadeira, como ritual e como guerra contra o visível e o invisível, o que remete às operações de tradução, mediação e cura, e indica uma efetiva combinação com novas técnicas disponíveis e as possibilidades de agenciamento de humanos e entidades encantadas e espirituais. |
publisher |
Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN |
publishDate |
2020 |
url |
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/21126 |
work_keys_str_mv |
AT vieirajoseglebson catimboetorepraticasrituaisexamanismodopovopotiguaradaparaiba |
_version_ |
1766682369311375360 |