Mulheres e gênese do capitalismo: de Foucault a Federici

O livro de Federici, O Calibã e a Bruxa, se articula a partirde três eixos: a crítica aos limites das análises de Marx no intuito deexplicar a gênese do capitalismo uma vez que negligenciam o papeldas mulheres neste processo; a crítica à genealogia foucaultiana daModernidade, uma vez que, ao dar cen...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: de Souza Ramos, Silvana
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: EDUFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/19783
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Descrição
Resumo:O livro de Federici, O Calibã e a Bruxa, se articula a partirde três eixos: a crítica aos limites das análises de Marx no intuito deexplicar a gênese do capitalismo uma vez que negligenciam o papeldas mulheres neste processo; a crítica à genealogia foucaultiana daModernidade, uma vez que, ao dar centralidade ao caráter produtivodo poder, deixa de lado a análise da repressão estatal como elementodecisivo para o adestramento do comportamento das mulheres; porfim, a pesquisa em torno do fenômeno histórico de caça às bruxas,ocorrido na Europa entre os séculos XVI e XVII, ou seja, durante aascensão do capitalismo enquanto modo de produção preponderanteno Ocidente. Meu objetivo é realizar uma apresentação destes trêseixos, dando ênfase ao diálogo de Federeci com Foucault. Trata-se,por um lado, de apresentar a posição da autora com relação à genealogiada mulher no interior da ordem capitalista, a qual se constróiprincipalmente em torno de uma discussão com o livro História daSexualidade I, e, por outro, de mostrar que as questões levantadas porela ganham maior envergadura se tomamos Vigiar e Punir enquantoobra responsável pelo diálogo entre os dois autores.