ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual

As teorias sociológicas atuais têm instrumentalizado novas chaves analíticas para a compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos. Não raro, todavia, evocam reflexões lançadas por autores do período fundante ou de consolidação da disciplina. É pertinente observar que há muitas formas de um clássi...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Boaes, Giovanni, Benício, Maylle
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/17500
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
id oai:periodicos.ufrn.br:article-17500
record_format ojs
spelling oai:periodicos.ufrn.br:article-175002019-07-24T19:59:39Z ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual Boaes, Giovanni Benício, Maylle As teorias sociológicas atuais têm instrumentalizado novas chaves analíticas para a compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos. Não raro, todavia, evocam reflexões lançadas por autores do período fundante ou de consolidação da disciplina. É pertinente observar que há muitas formas de um clássico permanecer no pensamento dos contemporâneos, seja pela continuidade ou desdobramentos de suas ideias, seja pela persistência dos problemas encarados. Nesse sentido, este artigo propõe-se a revisitar algumas noções, especialmente as que se referem à interpenetração das civilizações, presentes nas obras de Roger Bastide – um clássico hoje bastante esquecido – e correlacioná-las com a teoria disposicionalista e contextualista, em escala individual, de Bernard Lahire. No estoque conceitual, metodológico e empírico de Bastide foi possível encontrar um conjunto de problemas encarados por ele que tangenciam as questões enfrentadas hoje por Lahire e pelas chamadas sociologias do indivíduo. Além disso, observou-se que conceitos bastidianos como o “princípio do corte”, indicam relevante potencial para se refletir sobre a teoria de Lahire, mormente no que diz respeito à subjetividade dos indivíduos. Este artigo apresenta, em um primeiro momento, o arcabouço conceitual e teórico que alicerça a obra de Bastide, para em seguida discutir as aproximações com a teoria de Lahire e indicar as potenciais contribuições ao debate entre o clássico e o contemporâneo. Cabe dizer que as reflexões germinais trazidas neste trabalho foram suscitadas por um desafio do pensamento apresentado por situação concreta de pesquisa que vem sendo empreendida pelos autores, na qual se busca traçar retratos sociológicos de professores universitários e compreender a possível articulação entre disposições científicas e religiosas em seus esquemas disposicionais. A construção já do primeiro retrato trouxe à tona alguns questionamentos importantes. O recuo inicialmente despretensioso até Bastide levou-nos a aprender, na sua pluridisciplinaridade, que falta à sociologia em escala individual uma maior atenção e entendimento sobre a subjetividade do indivíduo, sem ela o “homem plural” é uma expressão diminuída. UFRN 2019-05-03 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Avaliado pelos pares application/pdf https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/17500 Revista Inter-Legere; v. 2 n. 24 (2019): DOSSIÊ TEORIA SOCIAL: OS CLÁSSICOS NOS CONTEMPORÂNEOS; 268-296 1982-1662 10.21680/1982-1662.2019v2n24 por https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/17500/11432 Copyright (c) 2019 Giovanni Boaes, Maylle Benício
institution Periódicos UFRN
collection Portal de Pediódicos Eletrônicos da UFRN
language por
format Online
author Boaes, Giovanni
Benício, Maylle
spellingShingle Boaes, Giovanni
Benício, Maylle
ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual
author_facet Boaes, Giovanni
Benício, Maylle
author_sort Boaes, Giovanni
title ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual
title_short ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual
title_full ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual
title_fullStr ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual
title_full_unstemmed ROGER BASTIDE:: nas trilhas da sociologia em escala individual
title_sort roger bastide:: nas trilhas da sociologia em escala individual
description As teorias sociológicas atuais têm instrumentalizado novas chaves analíticas para a compreensão dos fenômenos sociais contemporâneos. Não raro, todavia, evocam reflexões lançadas por autores do período fundante ou de consolidação da disciplina. É pertinente observar que há muitas formas de um clássico permanecer no pensamento dos contemporâneos, seja pela continuidade ou desdobramentos de suas ideias, seja pela persistência dos problemas encarados. Nesse sentido, este artigo propõe-se a revisitar algumas noções, especialmente as que se referem à interpenetração das civilizações, presentes nas obras de Roger Bastide – um clássico hoje bastante esquecido – e correlacioná-las com a teoria disposicionalista e contextualista, em escala individual, de Bernard Lahire. No estoque conceitual, metodológico e empírico de Bastide foi possível encontrar um conjunto de problemas encarados por ele que tangenciam as questões enfrentadas hoje por Lahire e pelas chamadas sociologias do indivíduo. Além disso, observou-se que conceitos bastidianos como o “princípio do corte”, indicam relevante potencial para se refletir sobre a teoria de Lahire, mormente no que diz respeito à subjetividade dos indivíduos. Este artigo apresenta, em um primeiro momento, o arcabouço conceitual e teórico que alicerça a obra de Bastide, para em seguida discutir as aproximações com a teoria de Lahire e indicar as potenciais contribuições ao debate entre o clássico e o contemporâneo. Cabe dizer que as reflexões germinais trazidas neste trabalho foram suscitadas por um desafio do pensamento apresentado por situação concreta de pesquisa que vem sendo empreendida pelos autores, na qual se busca traçar retratos sociológicos de professores universitários e compreender a possível articulação entre disposições científicas e religiosas em seus esquemas disposicionais. A construção já do primeiro retrato trouxe à tona alguns questionamentos importantes. O recuo inicialmente despretensioso até Bastide levou-nos a aprender, na sua pluridisciplinaridade, que falta à sociologia em escala individual uma maior atenção e entendimento sobre a subjetividade do indivíduo, sem ela o “homem plural” é uma expressão diminuída.
publisher UFRN
publishDate 2019
url https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/17500
work_keys_str_mv AT boaesgiovanni rogerbastidenastrilhasdasociologiaemescalaindividual
AT beniciomaylle rogerbastidenastrilhasdasociologiaemescalaindividual
_version_ 1766682914521612288