The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança

A Festa de São Benedito é uma das manifestações religiosas e culturais do Brasil contemporâneo que resulta dos processos de transformação das festas religiosas construídas durante o Brasil Colonial. A Festa, que acontece na Amazônia paraense desde o século XVIII, é formada por diversos rituais dentr...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Autor principal: Corrêa, Ester Paixão
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
Endereço do item:https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/17454
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
id oai:periodicos.ufrn.br:article-17454
record_format ojs
institution Periódicos UFRN
collection Portal de Pediódicos Eletrônicos da UFRN
language por
format Online
author Corrêa, Ester Paixão
spellingShingle Corrêa, Ester Paixão
The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança
author_facet Corrêa, Ester Paixão
author_sort Corrêa, Ester Paixão
title The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança
title_short The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança
title_full The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança
title_fullStr The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança
title_full_unstemmed The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança
title_sort devotion and the protagonism of the marujas in the procession of são benedito de bragança
description A Festa de São Benedito é uma das manifestações religiosas e culturais do Brasil contemporâneo que resulta dos processos de transformação das festas religiosas construídas durante o Brasil Colonial. A Festa, que acontece na Amazônia paraense desde o século XVIII, é formada por diversos rituais dentre os quais a procissão do Santo e a dança da Marujada são dois dos mais importantes. Na festa de São Benedito de Bragança, as mulheres são protagonistas por meio dos rituais, principalmente o da marujada que atravessa os demais além de proporcionar um colorido especial a esta, e a procissão do santo, que é o momento da festa que agrega mais pessoas e possui maior visibilidade. Este ensaio trata desses rituais e de um entrelaçamento mútuo. A construção desta narrativa fotográfica busca revelar o lugar das marujas, considerando as ruas da cidade de Bragança/Pará como espaço ritual, visando proporcionar uma reflexão sobre participação das mulheres e os lugares que ocupam (ou não) na procissão que se inicia na tarde do dia 26 de dezembro, em frente à Igreja dedicada ao Santo Preto, que há séculos abre suas portas de frente para o rio. Nas margens do Rio Caeté, diante da paisagem características de muitas das cidades com forte herança do período colonial na Amazônia, as mulheres marujas tomam e colorem o Largo de São Benedito com seus trajes vermelhos e os chapéus majestosos. Todos os anos, próximo ás 16h, um ‘cordão de marujas’ se forma em frente à Igreja de São Benedito (figura 1), onde a multidão aguarda a descida do Santo do altar e a saída em procissão, seguida por milhares de marujas, marujos, fieis, devotos, turistas e vários outros sujeitos socais. O ‘cordão das marujas’ é formado por mulheres que fazem parte do quadro da Irmandade da Marujada de São Benedito de Bragança; em fileiras duplas e de mãos dadas formam um cordão humano (figuras 3, 4 e 5), no centro estão a Capitoa e a Vice-Capitoa, personagens centrais do ritual da Marujada (figura 6), assim como outros personagens que participam da festa de forma direta ou indireta, o espaço interno que forma o cordão, e o próprio cordão, se configuram como espaços de visibilidade e privilégio no instante do ritual, sendo por tanto, espaços de disputa. O cordão ‘puxa’ a procissão e tenta manter a ordem desta, uma vez que em seguida vem o andor do santo, carregado por muitos homens marujos (figuras 7, 8 e 9), se configurando também como um espaço de visibilidade e, portanto, de prestígio social. Seguindo o andor (e também, desordenadamente, ao redor) estão os demais sujeitos sociais, como as/os marujas/os promesseiros, as/os visitantes, turistas e demais público que acompanha a procissão que segue pelas ruas de Bragança. As mulheres marujas, de diversas gerações, classe social e etnia, ocupam diversos espaços e são maioria na procissão (figuras 10 e 11) que leva o Santo de volta para a Igreja de São Benedito, onde ficará até a próxima festa. Este ensaio fotográfico é parte de um olhar etnográfico direcionado às mulheres marujas de São Benedito e sua importância na construção da festa, resultado de pesquisa etnográfica de participação observante nos anos de 2015 a 2016 que objetivou destacar a presença feminina em uma das maiores manifestações religiosas da Amazônia brasileira e resultou na dissertação de mestrado defendida em 2017 no PPGA/UFPA. As fotografias foram obtidas com Câmera superzoom Fujifilm Finepix e alguns ajustes foram realizados no programa de edição de imagem PhotoScape.
publisher Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN
publishDate 2020
url https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/17454
work_keys_str_mv AT correaesterpaixao thedevotionandtheprotagonismofthemarujasintheprocessionofsaobeneditodebraganca
AT correaesterpaixao ladevocionyelprotagonismodelasmarujasenlaprocesiondesaobeneditodebraganca
AT correaesterpaixao adevocaoeoprotagonismodasmarujasnaprocissaodesaobeneditodebraganca
AT correaesterpaixao devotionandtheprotagonismofthemarujasintheprocessionofsaobeneditodebraganca
_version_ 1766683458302640128
spelling oai:periodicos.ufrn.br:article-174542021-06-24T21:04:46Z The devotion and the protagonism of the marujas in the procession of São Benedito de Bragança La devoción y el protagonismo de las marujas en la procesión de São Benedito de Bragança A devoção e o protagonismo das marujas na procissão de São Benedito de Bragança Corrêa, Ester Paixão Festa; Ritual; Mulheres; Marujada Festa e Ritual A Festa de São Benedito é uma das manifestações religiosas e culturais do Brasil contemporâneo que resulta dos processos de transformação das festas religiosas construídas durante o Brasil Colonial. A Festa, que acontece na Amazônia paraense desde o século XVIII, é formada por diversos rituais dentre os quais a procissão do Santo e a dança da Marujada são dois dos mais importantes. Na festa de São Benedito de Bragança, as mulheres são protagonistas por meio dos rituais, principalmente o da marujada que atravessa os demais além de proporcionar um colorido especial a esta, e a procissão do santo, que é o momento da festa que agrega mais pessoas e possui maior visibilidade. Este ensaio trata desses rituais e de um entrelaçamento mútuo. A construção desta narrativa fotográfica busca revelar o lugar das marujas, considerando as ruas da cidade de Bragança/Pará como espaço ritual, visando proporcionar uma reflexão sobre participação das mulheres e os lugares que ocupam (ou não) na procissão que se inicia na tarde do dia 26 de dezembro, em frente à Igreja dedicada ao Santo Preto, que há séculos abre suas portas de frente para o rio. Nas margens do Rio Caeté, diante da paisagem características de muitas das cidades com forte herança do período colonial na Amazônia, as mulheres marujas tomam e colorem o Largo de São Benedito com seus trajes vermelhos e os chapéus majestosos. Todos os anos, próximo ás 16h, um ‘cordão de marujas’ se forma em frente à Igreja de São Benedito (figura 1), onde a multidão aguarda a descida do Santo do altar e a saída em procissão, seguida por milhares de marujas, marujos, fieis, devotos, turistas e vários outros sujeitos socais. O ‘cordão das marujas’ é formado por mulheres que fazem parte do quadro da Irmandade da Marujada de São Benedito de Bragança; em fileiras duplas e de mãos dadas formam um cordão humano (figuras 3, 4 e 5), no centro estão a Capitoa e a Vice-Capitoa, personagens centrais do ritual da Marujada (figura 6), assim como outros personagens que participam da festa de forma direta ou indireta, o espaço interno que forma o cordão, e o próprio cordão, se configuram como espaços de visibilidade e privilégio no instante do ritual, sendo por tanto, espaços de disputa. O cordão ‘puxa’ a procissão e tenta manter a ordem desta, uma vez que em seguida vem o andor do santo, carregado por muitos homens marujos (figuras 7, 8 e 9), se configurando também como um espaço de visibilidade e, portanto, de prestígio social. Seguindo o andor (e também, desordenadamente, ao redor) estão os demais sujeitos sociais, como as/os marujas/os promesseiros, as/os visitantes, turistas e demais público que acompanha a procissão que segue pelas ruas de Bragança. As mulheres marujas, de diversas gerações, classe social e etnia, ocupam diversos espaços e são maioria na procissão (figuras 10 e 11) que leva o Santo de volta para a Igreja de São Benedito, onde ficará até a próxima festa. Este ensaio fotográfico é parte de um olhar etnográfico direcionado às mulheres marujas de São Benedito e sua importância na construção da festa, resultado de pesquisa etnográfica de participação observante nos anos de 2015 a 2016 que objetivou destacar a presença feminina em uma das maiores manifestações religiosas da Amazônia brasileira e resultou na dissertação de mestrado defendida em 2017 no PPGA/UFPA. As fotografias foram obtidas com Câmera superzoom Fujifilm Finepix e alguns ajustes foram realizados no programa de edição de imagem PhotoScape. Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRN 2020-03-05 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Imagem e texto application/pdf https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/17454 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol. 7 No. 12 (2020): Gênero, deslocamentos e fronteiras no/do mundo contemporâneo; 1-15 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; Vol. 7 Núm. 12 (2020): Gênero, deslocamentos e fronteiras no/do mundo contemporâneo; 1-15 Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social; v. 7 n. 12 (2020): Gênero, deslocamentos e fronteiras no/do mundo contemporâneo; 1-15 2446-5674 10.21680/2446-5674.2020v7n12 por https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/17454/12571 Copyright (c) 2020 Ester Paixão Corrêa